A ZF está apostando na eletrificação e pretende fazer isso da maneira correta, a ponto de considerar desmembrar sua divisão dedicada a sistemas de propulsão elétrica, tornando-a independente do restante do grupo.
Essa estratégia permitiria à nova empresa focar no desenvolvimento de soluções técnicas para mobilidade de zero emissões, garantindo maiores lucros e flexibilidade diante dos novos desafios do mercado.

A ZF também anunciou que está “explorando colaborações e parcerias estratégicas” para a nova unidade ou partes dela. Os atrasos na transição ecológica nos últimos anos e a desaceleração nas vendas de veículos de zero emissões, com uma queda na demanda, tornam essencial a formação de alianças para controlar custos e melhorar as margens de lucro.
Desde 2020, a ZF tem se concentrado no desenvolvimento de tecnologias voltadas para veículos elétricos. Nesse ano, foi criada uma divisão específica, que poderá se tornar independente no futuro próximo. Com essa estrutura, a empresa – considerada a segunda mais importante no setor de componentes para a indústria automotiva, atrás da Bosch, e competindo acirradamente com a japonesa Denso e a Continental – apresentou inovações significativas.
Entre essas inovações estão motores elétricos supercompactos ou isentos de terras raras, além de soluções criativas para aumentar a autonomia de veículos totalmente elétricos.
Atualmente, a ZF enfrenta um período desafiador, avaliando a possibilidade de cortes significativos de pessoal e considerando a venda de toda a divisão que atua em transmissões para veículos a combustão, a maior da empresa, como parte de um esforço para reequilibrar suas finanças e reconstruir um futuro em bases mais sólidas.