Xiaomi engole prejuízo para poder crescer e entrar na disputa com a Tesla

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A Xiaomi tem planos ambiciosos. Está trabalhando para lançar um SUV semelhante ao Model Y da Tesla já em 2025 em um movimento de expansão de sua divisão de veículos elétricos, mesmo que isso signifique prejuízos no curto prazo, enquanto busca se tornar uma das maiores fabricantes de automóveis do mundo nas próximas décadas.

A empresa, conhecida globalmente por fabricar tudo, desde smartphones até panelas de arroz e malas, está priorizando o crescimento do negócio de veículos elétricos em detrimento das margens, segundo o diretor financeiro Alain Lam. O negócio, que tem apenas cinco meses, levará algum tempo para conter as perdas.

Xiaomi SU7 (2024)

Ao comentar sobre a estratégia da Xiaomi no mercado de veículos elétricos, Lam, que possui um histórico de sucesso em grandes projetos da empresa, destacou o foco atual no crescimento. Ele explicou que a filosofia de valor pelo dinheiro, que impulsionou a Xiaomi no mercado de smartphones, também será aplicada aos EVs.

"Acreditamos que a escala é fundamental para alcançar a lucratividade no futuro. No momento, estamos investindo em expandir nossa linha de produtos e conquistar uma maior fatia do mercado", afirmou o executivo.

A entrada da Xiaomi no mercado de veículos elétricos, liderada por Lei Jun, representa uma nova fase de crescimento para a empresa. No entanto, os desafios financeiros são evidentes, com prejuízos consideráveis nos primeiros meses de operação. A aposta de US$ 10 bilhões e a meta de se tornar uma das maiores fabricantes do mundo demonstram a ambição da Xiaomi, mas exigem uma gestão cuidadosa dos recursos.

Xiaomi SU7 - fabrica (2)

A Xiaomi enfrentou desafios financeiros consideráveis em sua nova empreitada no mercado de veículos elétricos, registrando um prejuízo de US$ 252 milhões no segundo trimestre. Apesar das perdas iniciais, a empresa mantém suas expectativas de crescimento, com projeções de entregar 120 mil veículos em 2024 e uma expectativa de que as vendas acelerem e as perdas diminuam gradualmente nos próximos meses.

Além disso, a gigante dos eletrônicos demonstrou seu interesse em expandir globalmente ao apresentar o sedã SU7 em eventos internacionais como os Jogos Olímpicos de Paris e ao estabelecer presença em circuitos de corrida como Nürburgring. Embora o veículo esteja disponível apenas na China no momento, a empresa já sinalizou a intenção de lançá-lo em outros mercados. No entanto, a implementação dessa estratégia pode enfrentar desafios, como as tarifas de importação impostas pela União Europeia sobre veículos elétricos chineses. O jogo está só começando para a Xiaomi

Fonte: Automotive News

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