Tarifa de 100% para carros elétricos chineses será adiada nos EUA

Os EUA têm sido criticados por sua tarifa de 100% sobre os carros elétricos importados da China. O plano jogou água fria nas aspirações americanas de marcas como Zeekr e BYD, mas também prejudicou os fabricantes nacionais.

Como exemplo, as tarifas são a razão pela qual o Buick Electra E5 e o E4 estão suspensos, em vez de serem lançados nos EUA em 2025 e 2026, respectivamente. Mas agora, as tarifas sequer serão implantadas a tempo: O Departamento de Comércio dos EUA disse que está atrasando a implementação das tarifas em pelo menos duas semanas. Inicialmente, elas deveriam entrar em vigor em 1º de agosto.

Lembre-se de que essas tarifas não se referem apenas à tarifa de 100% sobre os veículos elétricos fabricados na China. As novas tarifas visavam o aumento do imposto de importação sobre outras importações chinesas importantes, como baterias para veículos elétricos, células solares, guindastes, aço e alumínio.

O objetivo é acabar com o medo de "dumping" por parte da China, o que significa inundar o mercado com importações artificialmente baratas para afastar a concorrência doméstica. Também implementa uma nova tarifa de 50% sobre a saída de chips semicondutores para a China. As tarifas não estão relacionadas apenas a automóveis. Há tarifas sobre suprimentos médicos, como seringas e luvas, que também aumentaram drasticamente.

No entanto, o Escritório do Representante Comercial dos EUA ainda precisa analisar mais de 1.100 questionamentos antes de tomar sua decisão final. Depois que essa determinação for feita, as tarifas entrarão em vigor em duas semanas. Portanto, temos pelo menos duas semanas antes de as tarifas de EVs entrarem em vigor.

As tarifas tiveram muitos detratores. O CEO da Polestar, Thomas Ingenlath, expressou sua frustração com as regras vagas em abril; o Polestar 2 em breve estará sujeito a uma tarifa de 100%. Não está claro se a marca tem planos de transferir a produção desse modelo para uma nova fábrica ou simplesmente eliminá-lo completamente.

Não é apenas a esfera automotiva que está revoltada. A Reuters cita que a Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey está decepcionada com o ataque da nova tarifa aos guindastes chineses, que, segundo ela, sobrecarregam seu orçamento já limitado. As tarifas sobre os guindastes poderiam acrescentar US$ 4,5 milhões ao custo de cada guindaste para a Autoridade Portuária.

Volvo EX30

Dado o grande déficit comercial (os EUA importaram US$ 427 bilhões em mercadorias, mas exportaram apenas US$ 148 bilhões), não é provável que os comentários que o Departamento de Comércio dos EUA está analisando atualmente resultem em reduções nos percentuais da tarifa. Não está claro quando o departamento terminará de analisar os comentários. 

Se a BYD, a Geely ou qualquer outra empresa chinesa tiver aspirações para os EUA, elas terão que ser muito criativas para contornar essa questão tarifária.