Mas onde está a diferença da O&J para tantas outras marcas chinesas que já chegaram ou que ainda vão estrear por aqui? Durante a avant-première do Omoda 5 e Jaecoo 7 na capital paulista, os executivos da O&J falaram em "Evolução da Revolução".
Eles tratam como revolução a chegada de outras marcas chinesas ao nosso mercado, como BYD, GWM e até mesmo a Caoa Chery, que elevaram o patamar de qualidade dos carros, alavancando a eletrificação que parecia estagnada no Brasil e exigindo que as montadoras tradicionais corressem atrás do prejuízo e acelerassem seus investimentos no país.
Com isso, a chegada da O&J seria, segundo os executivos da marca, a evolução dessa revolução. No primeiro contato rápido que tivemos com os carros, foi possível notar que o padrão de acabamento dos dois modelos apresentados está no mesmo ou melhor patamar de qualidade de modelos premium. Talvez até um leve degrau acima do que vemos nas cabines das outras montadoras chinesas que estão fazendo sucesso no Brasil.
Mas apenas o refinamento extra no acabamento não justificaria o termo "evolução". Mesmo sem adiantar detalhes da mecânica de seus primeiros carros no Brasil, a O&J promete surpreender o mercado com o SHS (Super Hybrid System, ou Sistema Super-Híbrido), que será apresentado no Jaecoo 7.
A tecnologia SHS é uma solução proposta pela O&J para veículos altamente eficientes e que entregam, ainda, performance. O sistema garante um carro econômico, com muita tecnologia e alto desempenho e com as melhores capacidades de recarga da indústria.

Em testes na Ásia, o Jaecoo 7 rodou até 1.488 km com um tanque de combustível e as baterias recarregadas. A marca do Grupo Chery promete fazer os mesmos testes no Brasil.
Todos os detalhes dos dois modelos da O&J nós conheceremos no próximo dia 15, data que marcará a inauguração das 50 concessionárias do grupo no Brasil e o início da comercialização dos dois carros.
Além de já começar com um número considerável de lojas abertas, o O&J tem planos para triplicar esse número nos próximos dois anos e ainda iniciar a produção nacional em uma fábrica em local ainda não divulgado.
Se tudo isso se confirmar nesse curto espaço de tempo, a Omoda & Jaecoo deverá brigar pelo protagonismo entre as marcas eletrificadas - não só chinesas. O grupo Chery viu que o mercado brasileiro tem espaço para novos produtos e promete investir pesado por aqui.
A Omoda & Jaecoo não atua na China, mas está presente em 40 países, com 873 lojas e 460 mil unidades vendidas em 2024. Até 2030, eles esperam vender cerca de 1,5 milhão de unidades por ano. Para isso, contam com o potencial do mercado brasileiro.
Reportagem
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