É isso que a 'vacina antirroubo' explora: o serviço é baseado em marcar praticamente tudo o que for possível — seja em carros, ônibus ou caminhões. São centenas de etiquetas praticamente irremovíveis, aplicadas em quase toda parte passível de revenda ilegal.

As etiquetas são feitas a partir de um processo chamado punção pneumática, o mesmo método usado na gravação dos chassis pelos fabricantes.
"Quando um veículo é identificado por uma gravação de alto impacto, que não pode ser removida sem danificar a peça, dificultamos o desmanche e ganhamos tempo caso queiram preparar as peças. Dessa forma, o seu veículo deixa de ser interessante para o crime", explica Solon Pereira, que comanda empresa especializada neste tipo de serviço.
De acordo com o Sistema Nacional de Identificação (Sinid), veículos com suas partes e peças identificadas têm 93% menos chances de serem roubados. "Um caminhão de R$ 500.000, por exemplo, rende até R$ 1,5 milhão se vendido separadamente", diz Solon, reforçando o impacto da medida.
A empresa cobra cerca de R$ 2.800 para instalar aproximadamente 300 marcadores; o pagamento é único e cada peça vai para um banco de dados. A marcação é feita inclusive de forma externa, e o registro é acompanhado de adesivos amarelos, intencionalmente chamativos.