"Os radares, faróis e outros dispositivos eletrônicos são soluções menos invasivas, que garantem a redução da velocidade sem gerar desconforto para os motoristas. Mas, como são mais caros, acabam sendo menos utilizados", explica Robson Costa. O especialista também ressalta que a necessidade de lombadas está diretamente ligada ao comportamento dos motoristas. "Se todos respeitassem os limites de velocidade, não precisaríamos de tantos quebra-molas."
Nos países desenvolvidos, o conceito de moderação de tráfego, conhecido como "traffic calming", é mais valorizado.
"Lá fora, a lógica é criar um ambiente que naturalmente induza à redução da velocidade, sem precisar de barreiras físicas tão agressivas", explica Valter Caldana, professor de Urbanismo da Mackenzie.
Ele cita exemplos como a diminuição da largura das faixas de rolamento, travessias elevadas, pavimentação diferenciada e o uso de elementos visuais e paisagísticos. "Mudanças no calçamento, como o uso de paralelepípedos ou asfaltos frisados, também são comuns e funcionam como redutores de velocidade sem causar impacto direto nos veículos."
Além dessas soluções, os países desenvolvidos investem em tecnologia para evitar excessos de velocidade. "Há sistemas, como a lombada eletrônica, presente em alguns pontos da cidade de São Paulo, que identificam a velocidade do carro e alertam o motorista, sem necessidade de barreiras físicas", explica Caldana. Outra opção eficaz é o estreitamento da via em pontos estratégicos, obrigando os motoristas a reduzirem a velocidade naturalmente.