Quando um motorista causa um acidente que resulta em lesões permanentes a uma pessoa, ele pode ser obrigado a arcar com as despesas médicas e de manutenção da vida da vítima por toda a vida. A penalidade parece justa, mas pode resultar em custos que chegam a milhões, dependendo da gravidade das lesões. Por isso, muitas empresas preferem que seus funcionários usem motoristas particulares.
Para os estrangeiros, obter uma habilitação para dirigir na China é uma tarefa complexa. O país não reconhece carteiras de habilitação internacionais, nem mesmo a Permissão Internacional para Dirigir (PID), exigindo que motoristas estrangeiros passem por um exame específico.
Além disso, o idioma é uma barreira significativa, já que a sinalização de trânsito, fora de grandes cidades turísticas, é predominantemente em mandarim.
Essa dificuldade é ampliada por um sistema de trânsito caótico. As grandes cidades são conhecidas por congestionamentos e um fluxo intenso de bicicletas, scooters e veículos. Para muitos expatriados, a ideia de dirigir em meio a essa confusão é desanimadora. As interações com a polícia, especialmente em casos de acidentes, podem ser ainda mais desafiadoras para quem não domina o idioma local.
A cultura do trânsito na China
A cultura de mobilidade na China também desencoraja a condução pessoal. Milhões de scooters e bicicletas dividem espaço com carros em ruas frequentemente congestionadas, criando um ambiente que muitos consideram imprevisível e perigoso. Essa realidade torna mais atraente a ideia de depender de motoristas particulares, que têm experiência e familiaridade com o trânsito local.