Audi Q6 e-tron: elétrico com desempenho e estilo atraentes

há 4 horas 1

Audi Q6 e-tron

Audi Q6 e-tron (Foto: Divulgação/Audi)

Sentimento generalizado de que carro elétrico não precisa parecer elétrico, levou a Audi a trabalhar com sucesso no estilo do Q6 e-tron. Para-lamas abaulados, balanços dianteiro e traseiro curtos, grade marcante e traseira típica da marca completam este SUV cupê. Dimensões são típicas deste segmento e garantem espaço interno generoso: comprimento, 4.771 mm; entre-eixos, 2.889; largura, 1.939 mm; altura, 1.685 mm. Porta-malas volumoso: 526 L (mais 64 L na frente).

Chama atenção, logo ao sentar no banco do motorista, a imponente tela curva do multimídia de 14,5 pol. O passageiro ao lado dispõe de outra tela (10,9 pol.) cuja visão não é compartilhada com o motorista. Além do quase indispensável teto solar panorâmico, a pedaleira de aço inox dá o tom de acabamento superior. Pacote de segurança inclui nove airbags. Já o projetor de dados no para-brisa está disponível apenas no topo de linha Performance Black juntamente com rodas de 21 pol.

O Audi Q6 e-tron disponibiliza dois motores, um para cada eixo, 194 cv/28 kgf·m, totalizando 387 cv e 54,5 kgf·m, tração integral sob demanda e acelera de 0 a 100 km/h em 5,9 s, exatamente o que se espera deste conjunto. E nada de zumbidos de alertas a pedestres que vazam para a cabine a exemplo de outros elétricos.

Audi Q6 e-tron quattro

Interior do Audi Q6 e-tron (Foto: Divulgação/Audi)

Comportamento em curvas de baixa, média e alta velocidades totalmente previsível, freios passam incondicional confiança porque sua massa, como todo modelo com essa motorização, chega a 2.350 kg em ordem de marcha. Ângulos de entrada (18°) e de saída (25,7°) de acordo com fora-de-estrada de até média dificuldade.

Bateria de 100 kW·h, potência de recarga de 270 kW (DC) e alcance médio de 411 km (padrão Inmetro). Tudo dentro do padrão médio atual.

Preço: R$ 529.990.

・ Calvet presidirá Anfavea com foco em grandes desafios

Fundada há 69 anos, a Anfavea reúne hoje 26 empresas associadas (inclui máquinas agrícolas e de construção) que representam cerca de 20% do PIB (Produto Interno Bruto) Industrial do Brasil ou 4% do PIB total (atualmente, 3%). Nas últimas décadas, as cinco corporações mais antigas (agora quatro) ocuparam a presidência em regime de rodízio. Em 2023, a chegada de Igor Calvet ao cargo de diretor-executivo já sinalizava mudanças. Graduado em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília, Calvet é mestre e doutorando em Ciências Políticas (assim, talhado ao cargo) e no dia 15 último assumiu a presidência da Anfavea.

Em entrevista exclusiva, atribuiu queda das vendas às mudanças do perfil econômico brasileiro. “É verdade que o mercado foi de 3,8 milhões de unidades em 2012 e de quase 2,8 milhões em 2019, anterior ao início da covid-19. Podemos voltar aos 2,8 milhões talvez já este ano, contudo os carros ficaram mais tecnológicos e caros, com consumo e emissões menores, renda média diminuiu, comprador mudou hábitos e exigências rumo a modelos de maior porte e preço”, ponderou.

Sobre o pleito da Anfavea de antecipar o escalonamento do imposto de importação de 35% sobre elétricos: “Não vejo viés de insegurança jurídica. Quando da regulamentação, ninguém imaginava a importação antecipada e predatória de cerca de 60.000 veículos elétricos e híbridos, como aconteceu em apenas 12 meses. O País não pode aceitar a pilhagem do seu mercado e dos empregos.”

Ele destaca investimentos já anunciados. “O conjunto de 26 empresas associadas planeja R$ 180 bilhões até 2030. O que preocupa demais é a sombra do imposto seletivo sobre automóveis, que outros países não têm e o consumidor é quem paga.” Calvet prevê que em 2040, veículos híbridos e elétricos representarão cerca 80% das vendas internas. Mas ainda tem dificuldade de apontar o percentual reservado aos elétricos.

Anfavea e RX confirmaram, no dia 16, o 31º Salão do Automóvel para 22 a 30 de novembro próximos, de volta ao Anhembi. Terá estandes padronizados, testes abertos aos visitantes e 16 marcas participantes até agora, com viés de expansão, inclusive de associados de importadores da Abeifa.

Fernando Calmon, engenheiro e jornalista especializado desde 1967. Sua coluna automobilística semanal “Fernando Calmon” estreou em 1999. Publicada em UOL Carros e em uma rede de mais de 80 portais, sites, jornais e revistas pelo País. Diretor de redação da revista Top Carros. Correspondente para América do Sul do site Just-auto (Inglaterra). Em abril de 2015, apontado como o mais admirado jornalista automobilístico do País por 400 profissionais do setor. Consultor técnico de automóveis, de mercado automobilístico e de comunicação.

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