
O produto pode ser superior ao segmento, mas não deixa de ser um hatch. A impressão é de que a Honda quis oferecer um modelo acima da média, como um hatch médio (categoria dos finados Golf, Focus e Cruze GT). Só que ele tem suspensão traseira por eixo de torção, que é coisa de produto mais acessível. E o porta-malas, de 268 l, é de compacto.
Mas não é só isso. O segmento de hatches médios não existe mais para as marcas generalistas. Com a chegada dos SUVs, o público os preferiu - assim como aos compactos premium, que o City Hatchback também poderia ser.

Assim, ele fica perdido nesse universo de hatch, um tipo de produto que não dá status de SUV. Por isso, há um escasso número de pessoas dispostas a pagar mais de R$ 145 mil por um carro do segmento. É o emocional falando.
Mas se você está nem aí para o fato de as pessoas acharem que um utilitário-esportivo "agrega valor" à sua pessoa, dê uma chance ao City Hatchback. É um bom produto. Bem melhor que muito veículo que o mercado considera SUV.
Opinião
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