Assim como em todos os mercados em que a Nissan opera, a principal pergunta direcionada a seus executivos é sobre a fusão com a Honda. Durante a apresentação do Kicks Play no Brasil, o presidente de marca para a região também falou sobre este assunto. Antes mesmo de ser questionado, Gonzalo Ibarzábal, Presidente e Diretor Geral da Nissan do Brasil, tratou de avisar que novas comunicações a respeito serão feita em junho a partir do Japão.
No entanto, o executivo garantiu que a operação no Brasil segue com o objetivo de manter o crescimento conquistado nos últimos 2 anos. Especulações sobre possível paralisação de fábrica ou interrupção de vendas foram veementemente descartadas. “Pelo contrário, a Nissan do Brasil tem que acelerar e seguir crescendo”, reforçou o executivo.

Nissan - 600 mil veículos produzidos em Resende
Ano de crescimento
Ibarzábal disse que “2024 foi um ano de preparação, com investimentos de R$ 2,8 bilhões sendo aplicados no Complexo Industrial de Resende (RJ)”. Boa parte deste montante já está sendo aplicada nos projetos de 2 novos SUVs.
A Nissan do Brasil também prevê a exportação para o México. “Esse investimento não é apenas para produto, mas para aumentar a qualidade de produção, treinamento e tecnologia. A meta é exportar do Brasil não apenas para o México, mas também para mais de 20 mercados na América Latina”.
Para o executivo, é muito importante que a indústria olhe para o mercado externo, isso dá mais segurança para a operação nacional em caso de oscilações. Em termos de produção, a Nissan está trabalhando em 2 turnos e tem a possibilidade de abrir o terceiro turno conforme a demanda, mas neste momento conseguem crescer 25% sem o turno adicional.

Foto de: Nissan
Nissan Kicks Play 2026
Estados Unidos é oportunidade para o Brasil?
O executivo disse que ainda é muito cedo para avaliar as medidas do governo Trump, ou se elas realmente permanecerão. Neste momento há muita especulação sobre as medidas e que a Nissan trabalha sempre com definições de longo prazo.
Da mesma forma, todas as questões geopolíticas do momento, como as da Argentina, não mudarão as estratégias de importação da Nissan do Brasil neste momento, disse o executivo quando questionado se existia a possibilidade da Frontier deixar de vir da Argentina e passar a ser importada do México.

Nissan Ariya 2024
Novos elétricos no Brasil
“Temos produtos elétricos no Japão, na China, nós tempos produtos e tecnologias e estamos sempre atentos ao mercado, como sempre falamos, a Nissan quer ser protagonista em todos os segmentos que atua”, disse o executivo.
A Nissan ainda não apresentou mundialmente a nova geração do Leaf, primeiro modelo elétrico a ser produzido em massa no mundo. Sem uma definição por conta da parceira com a Honda, parece que novos elétricos da Nissan para o Brasil tende a demorar mais.