O Neta tem aquele aspecto minimalista dos carros atuais: tela grande e pouquíssimos botões. O volante tem um formato bem legal com o topo e base retos, e até marcação central 12h em outra cor. Já o acabamento passa raspando. Há plásticos por toda parte: console, painel e portas, porém um material diferente aqui e ali, e finalização em dois tons dão um toque mais requintado para a cabine.
A central multimídia, claro, é o destaque. São 14,6" com todas as funções do carro, desde ar-condicionado, até modos de regeneração e condução. A interface é amigável e com poucos minutos dá para entender onde mexer.
Andando as percepções iniciais melhoram um pouco. Isso porque o test-drive em um trajeto de 2 km não dá para tirar muitas conclusões. Mas a primeira é de que a posição de comando é bem alta. Mesmo com o banco na posição mais baixa, o Aya sai da corrida com barreira e me faz parecer ser juiz de tênis.

Já os 95 cv do motor elétrico — 20 cv a mais — que o Dolphin Mini são suficientes para mover o Aya com alguma agilidade na cidade. trocar do modo Eco, onde privilegia a autonomia, para o Esporte, que libera toda potência e torque, dá uma boa diferença. Mas não pense que afundar o pé no acelerador fará você virar um velocista, até porque são apenas 15,3 kgfm de torque.
O trecho do teste, com 90% de retas, não deu para perceber o comportamento dinâmico do Aya, porém a direção não é muito precisa. Já o painel de instrumentos digital é uma barra fina e horizontal acima do volante. É simples, monocromática e traz uma razoável quantidade de informações do carro. Em dias ensolarados, no entanto, pode ser difícil enxergar?