Depois da Ram Rampage, chegou a vez de a Jeep utilizar o novo motor 2.2 turbodiesel da Stellantis. O Commander chega a linha 2025/2025 adotando o propulsor, sendo oferecido apenas na configuração Overland como já era feito anteriormente. Mas fica o spoiler: o SUV de 7 lugares se torna o único Jeep nacional a oferecer motorização a diesel, uma vez que o Compass com este tipo de combustível foi descontinuado.
A mudança de motor vai custar R$ 4 mil aos compradores, uma vez que o Jeep Commander Overland 2.2 turbodiesel 2025/2025 está sendo anunciado por R$ 309.990. O pacote de equipamentos é praticamente o mesmo de antes e as alterações visuais se resumem às novas rodas de 19" e à ausência de um emblema indicando o torque do propulsor, como nas demais configurações.
A Jeep compara o Commander a SUVs grandes de 7 lugares como Toyota SW4 e Chevrolet Trailblazer. Um tanto injusto, visto que os rivais usam chassi por longarinas e têm tração 4x4 com redução, servindo uma proposta diferente também. Sorte que o novo motor é bom.
Ganhando números
Trocando o antigo 2.0 pelo 2.2 turbodiesel da Rampage, o Jeep Commander Overland 2025 ganhou em eficiência e performance. O novo propulsor exigiu mais algumas alterações. Especificamente, todo o sistema de escape e de injeção de Arla 32, o mesmo da picape da Ram. Dela ainda vieram os novos discos de freio dianteiros com maior diâmetro. Por conta da maior entrega de torque, mudou-se a relação de marchas do câmbio automático, as 9 ficando 14% mais longas. O SUV segue com 61 litros de capacidade no tanque. Considerando o consumo rodoviário, a autonomia teórica passa de 800 km.
Consumo | Commander 2.0 TD | Commander 2.2 TD |
Urbano | 10,2 km/l | 10,3 km/l |
Rodoviário | 13,2 km/l | 13,4 km/l |
Performance | Commander 2.0 TD | Commander 2.2 TD |
Aceleração 0 a 100 km/h | 11,6 segundos | 9,7 segundos |
Retomada 60 a 120 km/h |
7,5 segundos | 6,2 segundos |
Velocidade máxima |
197 km/h |
205 km/h |
Entregas | Commander 2.0 TD | Commander 2.2 TD |
Potência | 170 cv a 3.750 rpm | 200 cv a 3.500 rpm |
Torque | 38,7 kgfm a 1.750 rpm | 45,9 kgfm a 1.500 rpm |
Apesar do novo motor, o Jeep Commander Overland 2025 não teve mudanças na lista de equipamentos de série. Segue oferecendo suspensão independente nas quatro rodas com freios a disco em todas, freio de estacionamento eletrônico, três modos de condução, páginas de medição de dados off-road, 7 airbags, monitoramento de ponto cego, assistente de manutenção de faixa, controle de cruzeiro adaptativo com frenagem autônoma de emergência, detector de fadiga do motorista e comutador automático de farol alto.
Indo para itens de conforto e conveniência, tem banco do motorista com regulagens elétricas e memória, multimídia com tela de 10,1", painel de instrumentos digital com tela de 10,25", teto solar panorâmico, rodas de liga leve de 19", sistema de som Harman Kardon e porta-malas com abertura e fechamento elétricos. O SUV de 7 lugares segue com 5 anos de garantia de fábrica.

Foto de: Jeep
Como anda?
A Jeep optou por manter o motor a diesel no Commander por uma questão bem simples: um em cada cinco unidades do modelo saem da fábrica com um. No Compass, o número era muito menor, representando somente 2% das vendas. Para a marca, o usuário de Commander tem perfil para um uso mais intensivo na estrada e rodando com um pouco mais de carga que o usual. Nesse sentido, o motor diesel segue fazendo sentido. O novo motor 2.2 agrega mais a esse tipo de uso.
O contato com o novo Commander diesel foi bem curto. Resumiu-se a somente 3 voltas na pista do Circuito Panamericano (campo de testes da Pirelli) e mais uma em estradas de terra nos arredores da propriedade. Pouco para tirar conclusões definitivas sobre o desempenho do novo propulsor, apenas o suficiente para ver algumas diferenças.

Foto de: Jeep
Na pista asfaltada, fica nítida a diferença de desempenho. O Commander diesel acelera com mais vigor a partir de rotações mais baixas, condizente com a melhora no 0 a 100 km/h anunciada pela Jeep. Outra característica que ficou perceptível é a melhora na suavidade de operação. O 2.2 é mais silencioso que o 2.0 e, com mais torque chegando mais cedo, não é dado a usar rotações altas quando exigido. Mérito também da transmissão retrabalhada, que não fica procurando tanto marchas para manter o propulsor na faixa ideal de rotação e aproveita melhor o comportamento do propulsor.
Na terra, sem novidades. O Commander continua sendo uma opção aceitável para estradas de chão batido. Não é carro para atoleiro, mas para levar a família a lugares sem asfalto, faz sentido. Mais comportado e previsível, o 2.2 torna passar por obstáculos algo mais tranquilo e controlado.
Agora resta esperar o Jeep Commander Overland 2.2 turobidesel chegar na redação do Motor1.com Brasil para testes mais compreensivos. Agora, o SUV tem potencial para ser um bom companheiro de viagens longas, algo que falta comprovar na vida real.