Inflação e desemprego menores ajudam a entender o cenário positivo. Segundo o levantamento, a queda da inadimplência é influenciada pelo cenário econômico marcado pelo aquecimento do mercado de trabalho, que aumenta a massa de renda familiar, assim como pela inflação em desaceleração e os juros mais baixos.
Feirões de renegociação também contribuíram, avalia FecomercioSP. Para a entidade, os mutirões organizados pelas instituições bancárias e os efeitos permanentes do programa Desenrola Brasil, do governo federal, também tiveram resultado positivo na queda da inadimplência.
Evolução é diferente entre as faixas de renda. Para as famílias que ganham até dez salários mínimos (R$ 14.120), houve redução de 0,9 ponto percentual na taxa de inadimplentes, de 26% para 25,1% entre os dois primeiros trimestres de 2024. Já nos lares com rendimentos mais elevados, a inadimplência subiu de 12,3% para 13,1%.
Tempo de comprometimento das famílias com as dívidas aumentou. Segundo a PEIC, as contas permaneciam por, pelo menos, 7,3 meses no segundo trimestre de 2024. No mesmo período deste ano, esse número foi de 7,7 meses. Para a FecomercioSP, o indicador mostra disponibilidade dos lares de gerar dívidas de longo prazo, beneficiando os setores de bens duráveis.
Famílias tinham 31% da renda comprometida no segundo trimestre. Conforme os dados, o porcentual é o mesmo verificado nos primeiros três meses deste ano.