Fabricante de iPhone mira Nissan após acordo fracassado com Honda

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Em mais uma reviravolta sobre o futuro da japonesa Nissan, relatórios afirmam que a marca foi sondada pela Foxonn, empresa taiwanesa que produz componentes eletrônicos e monta produtos para outras empresas, em especial para a empresa de tecnologia Apple, fabricando os componentes dos celulares iPhone.

Segundo o portal Automotive News, a Foxconn, oficialmente chamada de Hon Hai Precision Industry Co., Ltd., enviou em janeiro - durante o Ano Novo Lunar - o ex-executivo da fabricante japonesa Jun Seki para negociar diretamente com a Renault, acionista de 36% da Nissan.

Vale lembrar que a marca japonesa enfrenta uma crise financeira global, com seus lucros operacionais despencando 90% e o lucro líquido caindo 94% no primeiro semestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023.

Com o fracasso das negociações entre Nissan e Honda, algumas fontes dentro da Nissan acreditam que uma parceria com figuras de fora da indústria automotiva pode ser mais benéfica do que as propostas oferecidas até agora. Isso corrobora relatos de que a Nissan não estaria satisfeita com a possibilidade de se tornar apenas uma subsidiária em uma eventual fusão, independentemente da marca parceira.

Honda HR-V

Foto de: Nissan

Nissan Kicks

Oficialmente, as negociações entre Nissan e Honda estavam em ritmo acelerado desde o final de dezembro, visando uma fusão que resultaria na terceira maior montadora do mundo. Entretanto, relatórios recentes indicam que as tratativas não avançaram como esperado. A expectativa é que Nissan e Honda oficializem o fim das negociações em 13 de fevereiro.

Se o acordo entre Nissan e Foxconn for concretizado, não será a primeira incursão da empresa taiwanesa no setor automotivo. Em maio de 2024, a Foxconn adquiriu 50% de participação na unidade de montagem de sistemas de eixos do ZF Group, além de investir no setor de módulos de chassis da empresa alemã. Além disso, desde 2021, mantém um acordo de fornecimento de semicondutores para a Stellantis.

Foto de: Nissan

O fator de urgência é óbvio. No final de novembro de 2024, The Financial Times citou dois executivos não identificados da Nissan dizendo que a empresa tem "12 a 14 meses para sobreviver". Se isso é verdade ou não, ainda não se sabe, mas o relógio está correndo e as demissões estão se aproximando. Em novembro, a empresa sediada em Yokohama anunciou planos para eliminar 9.000 empregos e reduzir sua capacidade de fabricação global em 20%.