A Chevrolet do Brasil tem uma longa tradição com sedãs no país. Desde o Opala até o Cruze, passando por Monza, Vectra e Astra. Esse feito levou a marca a números até então inimagináveis para um modelo desse segmento, com o Monza, um sedã médio que tirou, por três anos seguidos, o título de carro mais vendido do país do Volkswagen Fusca. Agora, a marca confirmou oficialmente o fim das vendas de seu último sedã médio por aqui: o Cruze.
Já nos anos 1990, a marca marcou época com o lançamento do Vectra B, então nacional, e que foi responsável por substituir o Monza e a primeira geração do sedã. Na época, foi responsável por ser o primeiro carro nacional a disponibilizar airbags duplos no Brasil. Trazia ainda motores 2.0 e 2.2, com opção de oito ou dezesseis válvulas para ambos os motores.
Foto de: Chevrolet
Em 1998, chegava pela primeira vez o Astra sedã, derivado do Opel Astra da época e que atuava como opção mais acessível ao Vectra. Ele ganhou forte presença "na praça" com taxistas e frotistas durante seus 13 anos no mercado brasileiro. Ganhou um único facelift em 2003, com linhas mais quadradas e placa traseira no para-choque traseira, ao invés de na tampa.
Em 2005, chegava o Vectra de terceira geração no Brasil, causando polêmica por ser baseado no Opel Astra e não na terceira geração do Vectra europeu da época. Em essência, era um Astra esticado em cerca de 20 cm no comprimento, utilizando base da minivan Zafira da época.
Fim da era Opel e chegada do Cruze
Com o ''divórcio'' da marca dos EUA e suas divisões europeias, a Chevrolet começou a buscar inspirações em outras marcas do grupo General Motors, como a coreana Daewoo, responsável pela criação do Cruze. Sua primeira geração chegou em 2011 e trazia motor 1.8 Ecotec, central multimídia e 6 airbags de série, diferenciais na época do lançamento.
A segunda geração, apresentada como modelo 2017, foi lançada com motor 1.4 turbo e assistentes de condução autônoma. O Cruze Inaugurou ainda a era dos carros de conectividade avançada com internet nativa.
Foto de: Chevrolet
Chevrolet se despede do Cruze com título da Stock Car
Tradição de sedãs na Stock Car
O fim do Cruze, em 2024, coincidiu com o fim dos sedãs na pistas. Na temporada deste ano, o modelo ganhou seu sétimo título, conquistado pelo piloto Gabriel Casagrande, da equipe AMattheis Vogel.
Ao todo, eles venceram três dos sete campeonatos protagonizados pelo modelo ao longo das oito temporadas que disputou. Daniel Serra venceu outras três, enquanto Ricardo Maurício garantiu mais um troféu ao Cruze Stock Car. Com isso, apenas o Opala soma mais títulos na competição: 15. A Chevrolet, a maior apoiadora da categoria, levou 35 títulos desde o início, em 1979. No próximo ano, o Cruze dará lugar ao SUV Tracker.
“Hoje a preferência é pelos SUVs, que evoluíram muito em design, conforto e dinâmica veicular. Atualmente, cerca de 40% das vendas de carros de passeio estão concentradas neste tipo de automóvel, percentual duas vezes maior que cinco anos atrás”, explica Paula Saiani, diretora de Marketing de Produto da GM América do Sul.