Bebê esquecido no carro: tecnologia e novos hábitos podem evitar tragédias

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Um dos maiores estudiosos do tema, o neurocientista David Diamond, da Universidade do Sul da Flórida, analisou o comportamento de 50 famílias que passaram pelo trauma de perder uma criança nessas circunstâncias. Segundo Diamond, o esquecimento normalmente ocorre quando a rotina do adulto é alterada.

"Quase todos eles esqueceram seus filhos no carro após mudarem sua rotina, seja porque decidiram fazer um trajeto diferente ou porque tiveram que levar os bebês para a creche mais cedo", afirmou o pesquisador à BBC News.

A explicação está na forma como a memória funciona. "Não são só pais que passam por essa situação: há registros de pilotos de avião que, por estarem tão acostumados a conduzir o mesmo modelo de aeronave, se envolvem em acidentes quando são designados a pilotar outro tipo", acrescenta Diamond. É por isso que usamos lembretes, alarmes e agendas para evitar esquecimentos.

Em minutos, um carro pode virar uma armadilha

O ambiente fechado de um veículo pode se transformar rapidamente em uma armadilha mortal para uma criança. Segundo a Administração Nacional de Segurança no Trânsito dos EUA (National Highway Traffic Safety Administration - NHTSA), a temperatura dentro de um carro pode subir 20°C em apenas 10 minutos. Se a temperatura externa estiver em 26°C, o interior do carro pode chegar rapidamente a 40°C, mesmo que as janelas estejam levemente abertas.

Além disso, crianças são mais vulneráveis à hipertermia do que adultos. Seus corpos aquecem de três a cinco vezes mais rápido do que os de um adulto, segundo o American Academy of Pediatrics. Isso ocorre porque o sistema termorregulador infantil ainda não é tão eficiente, tornando mais difícil para o organismo dissipar calor. Mesmo em um dia com temperatura amena, de 23°C, uma criança pode entrar em colapso térmico dentro de um carro fechado.

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