BC define hoje novo patamar da taxa Selic; mercado prevê 1ª alta desde 2022

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Expectativas mostram mais dois avanços até o fim de 2024. Conforme as projeções, os juros básicos devem chegar ao fim de 2024 em 11,25% ao ano. Além da alta prevista para esta quarta-feira, são esperadas mais duas elevações de igual magnitude nas duas reuniões seguintes, em novembro e dezembro.

Projeções do mercado para a Selic em 2025 também sobem. Os analistas consultados pelo BC aumentaram, na última semana, de 10,25% ao ano para 10,5% ao ano a previsão de patamar para a taxa Selic ao final do próximo ano. Já para 2026 e 2027, as projeções seguem estáveis em, respectivamente, 9,5% ao ano e 9% ao ano.

Previsões refletem as expectativas futuras para o IPCA. As apostas de juros mais altos surgem em linha com a projeção de inflação maior para os anos de 2024 (4,35%), 2025 (3,95%) e 2026 (3,61%). "O Comitê pesa muito mais a expectativa de inflação futura, para 2025 e 2026, do que a inflação corrente", diz Pedro Oliveira, tesoureiro do Paraná Banco Investimentos.

Mesmo que o IPCA de julho tenha vindo com deflação, a expectativa futura ainda está acima da meta.
Pedro Oliveira, tesoureiro do Paraná Banco Investimentos

Aquecimento da economia contribui para projeção de alta. O avanço do PIB (Produto Interno Bruto) acima do esperado no segundo trimestre e o desemprego no menor nível da história também são determinantes por abrirem caminho para alta dos preços. Os dois índices contribuem para o aumento do consumo e resultam, consequentemente, em mais inflação.

Discussões veem a Selic como ferramenta para conter inflação. Principal instrumento de política monetária para controlar os preços, a taxa básica estimula o consumo das famílias e resulta em elevação dos preços ao ser reduzida. Quando a Selic sobe, os investimentos ficam mais atrativos e o menor volume de compras abre caminho para uma inflação menor.

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