Extrair o DNA da múmia será um passo importante para entender melhor essa espécie, assim como realizar um exame mais detalhado do esqueleto, músculos e pelo do filhote
Lopatin
Além da múmia parcial, ossos articulados da pélvis e dos membros traseiros do filhote também foram encontrados congelados no gelo. Ao comparar a anatomia com a de um filhote de leão e analisar o crescimento dos incisivos do filhote mumificado, os paleontólogos estimaram que o filhote tinha cerca de 3 semanas quando morreu.
O lábio superior da múmia era mais de duas vezes maior do que o de um filhote de leão moderno, provavelmente para cobrir os longos caninos que iriam crescer. O filhote também tinha uma boca maior e um pescoço mais robusto. Além disso, as patas do filhote eram mais circulares do que as de um leão jovem e lembravam mais as patas de um urso. Isso sugere que, assim como os ursos, que usam seus antebraços para cavar em busca de comida, o Homotherium adulto também poderia ter usado seus membros dianteiros para prender suas presas.
A ideia sobre os felinos dentes-de-sabre é que eles tinham que ter algum tipo de assistência do resto do corpo, que não é apenas uma técnica de caça de cabeça.
Paleontólogo Jack Tseng para a CNN
'Tesouro de informações'. Tseng, que também é professor associado do departamento de biologia integrativa da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos, classificou a descoberta como um "tesouro de informações". "É raro encontrar ossos dessa linhagem em primeiro lugar, muito menos tecido mole associado a ela. Não sei se as mentes de outros paleontólogos estão tão espantadas quanto a minha, mas é como se a realidade mudasse agora que vimos isso", disse para a CNN.