A Honda, a segunda maior fabricante de automóveis do Japão, atrás da Toyota, e a Nissan, a terceira maior, disseram em dezembro que estavam em negociações para criar a terceira maior montadora do mundo em vendas, fortalecendo-se em um setor que enfrenta crescente competição da chinesa BYD e de outros fabricantes de carros eletrificados.
A Reuters informou anteriormente que a Nissan poderia encerrar as negociações depois que a Honda a sondou sobre a possibilidade de se tornar uma subsidiária. A Nissan se recusou porque isso seria um desvio do que foi originalmente concebido como uma fusão de iguais, disse uma fonte.
Procuradas, Nissan e a Honda disseram em comentários separados que pretendem finalizar um posicionamento sobre a direção futura até meados de fevereiro para anunciá-lo na ocasião.
A Honda, cujo valor de mercado de cerca de 7,92 trilhões de ienes (51,9 bilhões de dólares) é mais de cinco vezes maior do que o da Nissan, estava cada vez mais preocupada com o progresso da rival menor em seu plano de recuperação, disse uma segunda fonte.
As negociações sobre a união coincidiram com a perturbação causada pelas possíveis sobretaxas de importação propagadas com frequência pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. As tarifas contra o México serão mais dolorosas para a Nissan do que para a Honda ou a Toyota, segundo analistas.
"Os investidores podem se preocupar com o futuro da Nissan (e com sua) reviravolta", disse Vincent Sun, analista da Morningstar, acrescentando: "A Nissan também tem uma exposição de risco maior às tarifas entre os EUA e o México do que a Honda e a Toyota".