Ontem (2/3), a Volkswagen finalmente revelou o visual os detalhes iniciais do novo Tera. O agora SUV de entrada da marca ainda não teve os preços, equipamentos, motorizações ou preços revelados. Mas com as imagens já divulgadas pela montadora, já podemos comparar visualmente a novidade com o seu principal rival no segmento de SUVs de entrada: o Fiat Pulse.
O que sabemos é que o Volkswagen Tera foi exibido na versão mais completa, a High, com o pacote de adereços Outfit, mesma estratégia usada no Nivus. Sabemos também que ele possui um motor 1.0 turbo TSI, ainda que sem informações se entregando 116 cv como no Polo ou 128 cv como no Nivus. Por isso, colocamos aqui para comparação o Fiat Pulse Impetus Hybrid, também com motor 1.0 turbo com auxílio de eletrificação leve e que custa R$ 144.990 sem opcionais.
Dianteira: limpo x intricado
O Tera inaugurou uma nova era do design da Volkswagen no Brasil, principalmente pela adoção do conjunto ótico dianteiro com luzes diurnas de LED (DRL) divididas. Há uma linha cromada acima da grade superior, interrompida ao centro pelo emblema da marca. A grade inferior tem elementos retangulares e poucas linhas concorrentes, enquanto para-choque tem elementos em forma de ganchos nas laterais que abrigam as entradas de ar funcionais.
Já no Fiat Pulse, entregando um projeto com mais tempo de estrada, as grandes inferior e superior têm proporções similares, marcadas por filetes e o emblema da marca em destaque. Também há uma barra cromada de ponta à ponta, mas ela percorre o espaço acima dos faróis e da grade. O Pulse ainda tem luzes de neblinas em abrigos destacados, equipamento que o Tera não tem, e uma imitação de proteção inferior pintada de cinza.
Lateral: mais linhas ou menos linhas?
A lateral do Volkswagen Tera tem 3 linhas horizontais. Uma na frente sobre o para-lama, uma inferior nas portas e mais uma entre a porta traseira e sob a coluna C. A última é mais elevada que a primeiro, passando uma sensação ascendente e de que o carro é mais musculoso. Já no Fiat Pulse, a lateral é dominada por duas linhas simples, paralelas e levemente ascendentes.
Aqui fica o destaque para o teto com efeito flutuante do VW Tera. O novo SUV tem a peça pintada de preto e é fisicamente separada da coluna C, potencializando o efeito. No Pulse a divisão entre teto e coluna C é apenas pintada, seguindo a linhas das janelas até o aerofólio traseiro.
Traseira: amplitude x carregado
Aqui temos um grande exemplo das diferenças de linguagem visual. A VW optou com o Tera por ter uma traseira abera, com poucas linhas ou interrupções. As lanternas pequenas nas laterais aumentam a sensação de amplitude da tampa, ainda que a peça fique rente ao para-choque traseiro e pode acabar sofrendo com pequenas batidas da mesma forma que os Honda Fit de segunda geração.
Já no Fiat Pulse, há abundância de linhas e uma curva sobre as lanternas, peça que carrega o emblema. A questão é que o design fica carregado, quase como se o carro estivesse fazendo uma careta e deixando os elementos com aparência de espremidos.
Painel: reto x curvo
O conceito de cabine do Tera, ainda que novo dentro da VW, é bem ao estilo alemão: reto, linear e com os elementos dispostos em posições lógicas conforme a função. Já Fiat usa um painel com mais curvas, estas ascendentes e que parecem envolver o painel com a linhas que contorna a cabine indo da porta do motorista até a do passageiro. Reparem como painel de instrumentos do Tera está praticamente na mesma linha da tela da central multimídia, enquanto o Pulse tem uma central mais destacada.
Bônus: parece um Peugeot ou não?
O comentário mais repetido aqui entre os leitores do Motor1.com Brasil foi a semelhança entre a traseira do novo VW Tera com os produtos da Peugeot. Este reconhecimento é justificado principalmente pelo formato de pequenas lanternas espaçadas nos cantos e uma grande barra plástica interligando as peças. No entanto, o Tera consegue atingir um espaçamento maior aos olhos, deixando a peça mais limpa e criando uma divisão rapidamente perceptível entre o tampão do porta-malas e o para-choque traseiro. Isso é algo que, nos Peugeot, usa-se soluções mais convencionais.