O GLK 2014 precisou ir à oficina pois um bico injetor do seu motor 2.2 turbodiesel travou aberto. Por conta disso, o óleo diesel em forma líquida causou danos que incluem a destruição das bielas dos quatro cilindros e até rachaduras no bloco do propulsor.
O engenheiro automotivo Renato Passos, especialista em motores a diesel, compartilha o entendimento de que o problema, como relatado, é de fato catastrófico para a mecânica do SUV alemão. Dessa forma, a opção em orçar motor e cabeçote novos é legítima.

O preço alto, ao que tudo indica, tem a ver com a escassez do 2.2 turbodiesel na configuração exata do GLK de 11 anos atrás. "Não se sabe se a oficina aproveitaria itens periféricos do motor estragado, como alternador, motor de arranque e bombas, por exemplo", explica. "Pelo preço, eu diria que não. Esse motor zero-km deve vir da Alemanha ou dos EUA, a depender do estoque".
Renato acrescenta que esse motor, de código OM 651, é irmão do 2.2 turbodiesel de código OM 651 LA, amplamente utilizado na Sprinter. Entretanto, recorrer à versão alternativa pode ser desafiador, pois seriam necessários ferramentas e conhecimento técnico nada triviais;
"Na configuração do GLK, há diferenças na central eletrônica. Eventualmente, mudam aspectos ligados aos dois turbocompressores, aos injetores e mais".