Mercado têxtil foi estimado em US$ 1,8 trilhão em 2024. Os dados são da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), que indica que o montante que pode chegar a US$ 2,3 trilhões até 2030. O vestuário mostrou-se a maior categoria comercializada, com uma participação de aproximadamente 60% em 2024.
Vietnã é um polo de produção de grandes marcas norte-americanas. Nike, American Eagle e GAP escolheram o país asiático em razão dos custos menores em relação à China. Isso porque não registram algumas barreiras impostas para os chineses.
A indústria no Vietnã é basicamente composta de empresas multinacionais, que fabricam, no todo ou em parte, os produtos para exportação. No entanto, em razão dos baixos custos de produção, e aumento de trabalhadores bem qualificados, algumas indústrias locais estão se destacando, como a VinFast automóveis e a Hoa Phat aço e alumínio.
Douglas de Castro, professor de Direito Internacional da Universidade de Lanzhou, na China
Produção barata, mas margem alta. Segundo ele, estima-se que o custo de produtos vendidos (COGs) de produção da Nike, no Vietnã, varia entre US$ 17 e US$ 35 (dependendo do tipo de tênis). Os produtos são vendidos no varejo, nos Estados Unidos, entre US$ 120 e US$ 135, ou seja, uma margem entre 75% e 80%.
A nova taxa imposta para o Vietnã é de 46%, o que alguns analistas apontam que representará um aumento de 20%, em média, para os tênis da Nike. Detalhe: mais de a metade da produção de tênis é feita no Vietnã e na China.
Douglas de Castro, professor de Direito Internacional da Universidade de Lanzhou, na China
Além dos preços mais altos, ações caem na Bolsa. Movimento impacta duplamente os norte-americanos: aumento no preço do produto e perdas nos investimentos e fundos de pensão.