Reajuste anunciado em julho pela Petrobras teve impacto tanto nos preços ao produtor como ao consumidor; com esse resultado, o índice acumula alta de 2,36% no ano e de 4,26% em 12 meses
O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) acelerou em agosto, subindo 0,72%, após alta de 0,45% em julho, informou nesta sexta-feira (16) a Fundação Getulio Vargas (FGV).
Com esse resultado, o índice acumula alta de 2,36% no ano e de 4,26% em 12 meses.
Em agosto de 2023, o índice caiu 0,13% no mês e acumulava deflação de 7,37% em 12 meses.
O dado de agosto veio acima do consenso LSEG de analistas, que estimava uma variação de 0,35% no mês.
André Braz, economista do FGV/Ibre, atribuiu a alta no mês ao reajuste dos combustíveis autorizado pela Petrobras em julho e que foi integralmente refletido no IGP-10. Segundo ele, esses preços impactaram tanto o índice ao produto (IPA) quanto o do consumido (IPC).
Ele disse que a gasolina emergiu como a principal influência em ambos os índices. “Esse fator foi determinante para a aceleração observada. Por outro lado, a desaceleração do INCC [preços da construção] deve-se à redução da taxa do grupo mão de obra”, destacou.