Por que Belo Horizonte tem quase o dobro da inflação de Recife?

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Apenas sete das 16 regiões pesquisadas figuram abaixo do teto da meta. O limite definido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) para a inflação deste ano é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual (de 1,5% a 4,5%). Além de Recife, Aracaju, Curitiba e Porto Alegre, também se enquadram no intervalo Belém (PA), Rio Branco (AC) e Salvador (BA).

A cidade de Goiânia puxou a inflação de outubro, de acordo com o IBGE. Os preços na capital do estado de Goiás aumentaram 0,8%, impulsionados pelas altas da energia elétrica residencial (9,62%) e do contrafilé (6,53%). Por outro lado, a menor variação ocorreu em Aracaju (0,11%), com os alívios nos valores da gasolina (-2,88%) e do ônibus urbano (-6,22%).

Diferenças resultam das diferentes cestas de produtos e entre as regiões. "A inflação da área é uma média ponderada das variações de preços dos subitens com seus respectivos pesos", explica André Almeida, gerente do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Segundo o pesquisador, a divergência entre a maior e a menor variação "não está fora do que ocorre historicamente no índice".

Em Belo Horizonte, a gasolina subiu 13,36% nos últimos 12 meses, enquanto este combustível teve alta de 3,13% em Recife. A energia elétrica residencial subiu 14,68% em Belo Horizonte e 12,29% em Recife. Emplacamento e licença teve alta de 4,32% em Belo Horizonte nos últimos 12 meses, contra uma queda de 15,95% em Recife.
André Almeida, gerente do IPCA

Preço dos serviços públicos oscila entre as regiões metropolitanas do Brasil. Thiago Moraes Moreira, professor de economia do Ibmec-RJ, afirma que as cobranças, ainda que definidas pelos órgãos controladores. "Cada distribuidora tem uma margem diferente. Então o preço da energia elétrica, por exemplo, não é o mesmo para todos os brasileiros", diz ele.

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