Oxfam aponta que os mais ricos investem em indústrias poluentes, e os estilos de vida resultam em grandes emissões de CO2, impulsionando, assim, o aquecimento global. Os 50 bilionários mais ricos do mundo emitem mais carbono em 1,5 hora do que uma pessoa média em toda a vida.
Para limitar o aquecimento global a 1,5°C, o grupo mais rico precisaria reduzir emissões em 97% até 2030. Parcela com mais dinheiro é responsável pela emissão de mais que o dobro de carbono.
Até 2050, as emissões do 1% mais rico podem levar a perdas agrícolas suficientes para alimentar 10 milhões de pessoas anualmente no Leste e Sul da Ásia. Conforme o estudo, até 80% das mortes por calor extremo ocorrerão em países de baixa e média-baixa renda, sendo 40% delas no Sul da Ásia.
Nos últimos 30 anos, os países mais pobres sofreram danos econômicos três vezes maiores do que os valores de financiamento climático prometidos pelos países ricos, ainda segundo a Oxfam. Por isso, a confederação pede criação de impostos e taxas sobre renda e riqueza dos mais ricos, além de aplicar tributações punitivas sobre bens de luxo e regulamentar corporações para cortar emissões.
"Apesar de promessas de US$ 300 bilhões anuais, a dívida climática dos países ricos já chega a US$ 5 trilhões", afirma a organização. Solução para isso seria aumentar o financiamento climático para países do Sul, que sofrem os piores impactos.