Levantamento da NordVPN, uma das grandes multinacionais de cibersegurança, afirma que o Brasil é segundo no mundo com mais roubos de dados de cartões de pagamento e perde apenas para os EUA.
As informações são roubadas por criminosos que utilizam malwares (vírus) para capturar dados das pessoas e, posteriormente, vendê-las em sites e grupos ilegais da dark web e canais como o Telegram.
Mais de 600 mil cartões nos últimos meses tiveram dados roubados e, segundo a empresa, cerca de 54% deles eram da bandeira Visa –que detém a maior base de clientes no mundo. Nos cartões da Mastercard, 33% foram vítimas.
Índia, México e Argentina despontam como os mais expostos, atrás de Brasil e EUA.
Os malwares podem ser instalados nos dispositivos das vítimas em emails de phishing, downloads de software infectado ou acesso a sites de conteúdos duvidosos.
Além dos detalhes de cartões, credenciais de login e dados de preenchimento automático também ficam expostos nos ataques.
Os crimes mais comuns são a retirada de valores das contas bancárias e realização de empréstimo em nome das vítimas.
Segundo a pesquisa, na quase totalidade dos cartões roubados estavam dados adicionais como informações do sistema, como cookies (dados de navegação e preferências do usuário), preenchimento automático, credenciais salvas, nome do cliente, data de vencimento do cartão e arquivos de dados do computador infectado.
"Essas informações adicionais abrem portas para uma gama ainda mais ampla de ataques, incluindo roubo de identidade, chantagem online e extorsão cibernética", disse Adrianus Warmenhoven, conselheiro de cibersegurança da NordVPN.
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De acordo com a companhia, é cada vez mais comum que cibercriminosos utilizem os malwares para pequenos roubos. Em alguns casos, o vírus chega a ser vendido por assinatura em servidores da dark web, com tutoriais de como utilizá-los, permitindo que mesmo criminosos com pouco conhecimento técnico possam realizar roubos de informações em grande escala.
O levantamento também mostra que seis em cada dez cartões foram roubados utilizando o malware Redline, considerado um dos mais fáceis e eficazes de se utilizar. O vírus é encontrado em emails de phishing, anúncios enganosos e portas USB públicas comprometidas.
A pesquisa foi realizada ao longo de abril com informações de canais de hackers no Telegram. A NordStellar, plataforma de gestão de exposição a ameaças da NordVPN, revisou dados sobre cartão de pagamento e país do incidente virtual coletadas, sem acessar ou comprar detalhes individuais de cartões de pagamento ou credenciais de usuários.
Com Diego Felix