Novo tratamento prevê melhora de 70% nos tremores de pacientes com Parkinson

há 3 dias 3

Uma nova técnica de ultrassom para tratamento de tremores em pacientes diagnosticados com Parkinson chegou ao Brasil em março deste ano. O HIFU (High-Intensity Focused Ultrasound) é classificado como terapia não invasiva e é disponibilizado exclusivamente pelo Hospital Israelita Albert Einsten.

O procedimento utiliza ondas de ultrassom de alta intensidade em um ponto específico do cérebro responsável pelos tremores causados por Parkinson. A aplicação do ultrassom na região causa uma lesão térmica milimétrica, com precisão anatômica no local, e prevê melhora dos tremores em torno de 70%.

Segundo estudos da representante comercial brasileira da Insightec, fabricante do equipamento, os resultados do tratamento são percebidos logo após a primeira sessão.

Cada sessão do tratamento dura cerca de duas horas e pode ser realizada com o paciente acordado, sem o uso de anestesia geral. No entanto, quem for realizar o procedimento precisa raspar os cabelos para utilizar o equipamento —semelhante a um capacete.

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De acordo com o Einsten, não há necessidade de internação para realização da terapia e o paciente é liberado no mesmo dia. O tratamento é unilateral, mas se os tremores forem bilaterais pode ser necessária uma sessão adicional no lado oposto do primeiro procedimento depois de nove meses.

Para ter acesso ao método, o paciente deve passar por uma avaliação da equipe de neurologistas especialistas em distúrbios do movimento e realizar uma série de tomografia para avaliar se a estrutura óssea do crânio é compatível para realização do procedimento.

A terapia foi aprovada em 2021 pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e é permitida para pacientes acima de 18 anos, sem limite de idade. O hospital não divulgou o preço de cada sessão do procedimento.

Os tremores nas mãos, queixo, pés, de um ou dos dois lados do corpo, estão entre os principais sintomas neurológicos de Parkinson, doença neurodegenerativa que atinge, principalmente, os mais velhos.

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estimou que 8,5 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com a doença de Parkinson em 2019 e que a condição deve aumentar drasticamente. Até 2050, estima-se que haverá 25,2 milhões de pessoas vivendo com a condição.

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