"Não há mercado para veículos movidos a hidrogênio", diz CEO da Renault

há 2 meses 10

O mercado de veículos a hidrogênio enfrenta desafios significativos, e a Renault reconhece que a tecnologia avança mais lentamente do que o esperado. Durante uma audiência parlamentar recente, Luca de Meo, CEO do Grupo Renault, destacou as dificuldades do setor, ressaltando que a demanda ainda é limitada e os custos operacionais elevados.

O Grupo Renault, por meio da joint venture HYVIA com a Plug, desenvolveu o Master a hidrogênio, que tecnicamente pode atingir 700 km de autonomia no ciclo WLTP. No entanto, segundo de Meo, o mercado para esses veículos ainda não se consolidou. Empresas francesas como Air Liquide, Symbio, Stellantis e a própria Renault lideram o setor, mas enfrentam dificuldades para encontrar um modelo econômico viável.

Além dos custos elevados, a produção de hidrogênio verde em larga escala ainda é limitada. Para que os veículos a hidrogênio sejam viáveis, seria necessário reduzir preços, expandir a infraestrutura de distribuição e aumentar a eficiência dos eletrolisadores para produção do combustível. Contudo, esses investimentos são de alto risco, sem garantia de retorno financeiro no curto e médio prazo.

Luca De Meo, ad Renault

O futuro da tecnologia segue incerto, especialmente para veículos leves. Empresas como Symbio, fabricante de células de combustível, também enfrentam dificuldades devido ao mercado restrito. Enquanto isso, o segmento de veículos elétricos a bateria cresce rapidamente, o que pode reduzir ainda mais a viabilidade comercial do hidrogênio.

De modo geral, a Renault segue comprometida com a transição energética, mas avalia com cautela os próximos passos. A viabilidade econômica será decisiva para a continuidade dos projetos nessa tecnologia. Vale destacar que várias empresas ainda apostam no hidrogênio, mas vêm revisando seus investimentos nessa área.

Fonte: Automobile Magazine 

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