Economistas consultados pelo Ministério da Fazenda melhoraram a previsão para o resultado primário do governo em 2024 e 2025, mas revisaram para cima a projeção para a dívida pública bruta como proporção do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem, mostrou o relatório Prisma Fiscal de dezembro, divulgado nesta sexta-feira (13).
Segundo o relatório, a expectativa mediana agora é de saldo primário negativo de R$ 55,37 bilhões em 2024, ante visão anterior de déficit de R$ 62 bilhões. Para 2025, a expectativa para o resultado primário foi a um déficit de R$ 87,26 bilhões, ante R$ 89,57 bilhões no mês passado.
Em relação à dívida bruta do governo geral, os economistas esperam que ela fique em 78,40% do PIB ao final de 2024, mesmo patamar projetado em novembro. Em 2025, a previsão é de que a dívida chegue a 82% do PIB, contra uma projeção anterior de 81,73%.
Os dados vêm em meio a preocupações persistentes do mercado com a capacidade do governo de melhorar a trajetória das contas públicas, com dúvidas sobre a sustentação do arcabouço fiscal, enquanto o choque nos juros básicos pelo Banco Central tende a elevar o custo da dívida pública.
O governo anunciou medidas de contenção de gastos, mas o pacote não foi bem digerido pelo mercado sob avaliação de que as iniciativas não serão suficientes para sanear as contas públicas e equilibrar a dívida pública.
Folha Mercado
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Para a arrecadação federal, a expectativa mediana subiu para este ano e o próximo. A nova projeção indica a entrada de R$ 2,65 trilhões em 2024, contra R$ 2,64 trilhões estimados no mês anterior. Em 2025, a arrecadação federal é vista em R$ 2,83 trilhões, ante R$ 2,8 trilhões projetados em novembro.
Os economistas consultados no Prisma ainda subiram a projeção para as despesas totais do governo central neste ano para R$ 2,213 trilhões, de R$ 2,212 trilhões anteriormente. Para 2025, a estimativa caiu a R$ 2,37 trilhões, de R$ 2,38 trilhões em novembro.