O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), defendeu reformas de organizações internacionais como o Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas), o FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Mundial e a OMC (Organização Mundial do Comércio).
Em seu discurso na abertura do último dia do P20, encontro dos presidentes de parlamentos dos países do G20 na Câmara, Lira afirmou que o sistema internacional "enfrenta uma crise multifacetada nos âmbitos geopolítico, econômico e ambiental".
Ele defendeu ser necessário reformar as instituições e mecanismos de governança global, "aumentando sua representatividade, legitimidade e funcionalidade".
"Nesse propósito, a reforma da ONU, e em particular a do seu Conselho de Segurança, mostra-se crucial para a sustentação da paz e segurança internacionais e para a promoção do desenvolvimento sustentável, justo e inclusivo", disse Lira nesta sexta.
A declaração do parlamentar se assemelha ao discurso do presidente Lula (PT), que tem reforçado em declarações públicas a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, instituição cuja ampliação o Brasil defende há anos.
Ainda nesta sexta, Lira citou nominalmente instituições do sistema financeiro internacional, como o FMI e o Banco Mundial, afirmando que elas devem "aprimorar seu processo decisório e se engajar no enfrentamento às desigualdades e na transição rumo à sustentabilidade".
"Direcionando os mecanismos de financiamento para promover avanços sociais e econômicos com compromisso ambiental e atenção aos desequilíbrios e contextos nacionais", disse.
Em seu discurso de encerramento, Lira voltou a falar das instituições internacionais, dizendo que é "inevitável tratarmos da reforma da governança global".
"Se desejamos que os desafios globais sejam adequadamente debatidos e resolvidos, se desejamos que as instituições internacionais sejam respeitadas e suas decisões aceitas, é inevitável tratarmos da reforma da governança global. Queremos instituições internacionais mais transparentes e representativas."