A inclusão da Defesa entre os ministérios que podem sofrer cortes no pacote que está em discussão pelo governo Lula sinaliza que o 'aperto nos cintos' pode afetar não apenas benefícios dos trabalhadores e as áreas de Saúde, Educação e Previdência, mas também os militares, ou seja, 'o andar de cima'.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, titular da pasta responsável pelo início da revisão de gastos no governo, diz, há meses, que há espaço para cortes na previdência dos militares. O presidente do TCU (Tribunal de Contas da União), Bruno Dantas, alertou, ainda em maio, com dados nas mãos, a desproporção da previdência entre civis e militares. Mas a dificuldade em se avançar no tema fez com que a pasta ficasse inicialmente de fora das discussões.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a inclusão da Defesa foi um pedido do próprio presidente Lula. Até esta segunda-feira (11) à noite, os debates sobre a revisão de gastos incluíam os ministérios da Saúde, Educação, Trabalho, Previdência e Desenvolvimento Social (além da área econômica e da Casa Civil).