O governo central registrou um superávit primário de 24,026 bilhões de reais em dezembro, acumulando um saldo negativo total de 43,004 bilhões de reais em 2024, ou 0,36% do PIB, informou nesta quinta-feira o Tesouro Nacional.
O dado inclui despesas extraordinárias que não serão contabilizadas na apuração da meta fiscal, como os gastos para mitigar efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul. Excluindo essas despesas, o déficit do ano cai a 11,032 bilhões de reais, segundo o Tesouro.
O governo central, composto pelas contas de Tesouro Nacional, Banco Central e Previdência Social, registrou em 2024 o melhor resultado primário anual desde 2022, quando houve superávit de 54,092 bilhões de reais.
Os números dizem respeito à diferença entre receitas e despesas do governo, sem contar o gasto com juros da dívida pública.
A meta fiscal de 2024 é déficit primário zero, com tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB). A contabilização para fins de avaliação do cumprimento do alvo é feita pelo Banco Central.
As despesas totais de 2024 tiveram queda real de 0,7%, a 2,205 trilhões de reais.
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Já a receita líquida do governo central, que desconta transferências a Estados e municípios, subiu 8,9% em termos reais sobre 2023, a 2,162 trilhões de reais.
No ano passado, houve uma alta de 38% nos ganhos com dividendos na comparação com 2023, uma alta de 20,2 bilhões de reais, enquanto as receitas com concessões subiram 76,8%, uma alta de 7,2 bilhões de reais.