Focus: mercado projeta Selic a 14,75% ao ano ao fim de 2025

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Reunião foi a última comandada por Roberto Campos Neto. A cadeira de presidente do Banco Central será assumida por Gabriel Galípolo. Em declarações recentes, ele tem sinalizado para a manutenção da política monetária contracionista, com "juros mais altos por mais tempo".

Selic é principal ferramente de política monetária para conter os preços. Com o avanço dos preços em meio ao aquecimento da economia, a elevação dos juros é utilizada como alternativa para limitar o consumo e inibir, consequentemente, segurar a alta do IPCA.

Como deve ser a inflação

Mercado prevê inflação em 4,91% ao final de 2024. A variação estimada corresponde à quarta alta consecutiva das previsões dos analistas para o IPCA deste ano. Há uma semana, a aposta era de alta do índice em 4,89%. Há quatro, a projeção sinalizava para uma alta de 4,63%.

Projeção mostra o IPCA acima do teto da meta. O intervalo estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) determina que o IPCA deve terminar este ano em 3%. O valor tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, entre 1,5% e 4,5%.

Divulgação é a primeira após BC admitir furo da meta. O RTI (Relatório Trimestral de Inflação) divulgado na semana passada prevê o IPCA em 4,84% ao final deste ano. A nova projeção da autoridade monetária considera a disparada dos preços doa alimentos, puxados pelo encarecimento do boi gordo e da carne bovina industrializada.
IPCA estimado para o mês dezembro é de 0,6%. Se confirmado, o percentual a ser divulgado em janeiro de 2025 vai resultar em um ganho de força na comparação a variação de 0,39% do índice em novembro. Para que a inflação não fure o teto da meta, é necessário que o índice oficial de preços fique abaixo de 0,2% em dezembro.

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