Churrasco ficará mais barato? Veja o que muda com a reforma tributária

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Carnes, peixes, queijos e sal terão isenção tributária garantida. Integram a relação carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal (exceto foie gras), peixes (exceto salmonídeos, atuns, bacalhaus, hadoque, saithe e ovas e outros subprodutos) e os queijos tipo mozarela, minas, prato, queijo de coalho, ricota, requeijão, queijo provolone, queijo parmesão, queijo fresco não maturado e queijo do reino.

Carne ficará mais barata?

Provavelmente não. O setor vem passando por um período complicado de ajustes de oferta, que tem feito os preços subirem. Tem ainda o impacto da estiagem e preço mais alto da soja, por exemplo, que encarece o produto.

Depende de muitos. Allan Couto, economista e fundador da plataforma Gain, explica que o impacto real dependerá de como produtores e varejistas reagirão à mudança. Caso os ganhos sejam repassados ao consumidor, os preços poderão cair, mas fatores como custos elevados de produção ou alta demanda podem neutralizar essa redução.

A própria oferta e demanda é um fator, sendo que menos oferta faz os preços subirem. O preço da ração, composta principalmente por restos de soja, a estiagem, fatores climáticos que se refletem nos pastos e a taxa de câmbio também giram em torno do preço, além de outros custos envolvidos na criação do animal. "Ainda que eles repassem, se a gente tiver pressão em preços dos outros lados da economia, a gente vai continuar tendo preços pressionados", diz a economista Juliana Inhasz, professora no Insper.

A medida pode desencadear efeitos em cadeia no mercado. Segundo Couto, a diminuição no preço da carne pode aumentar o poder de compra dos consumidores, estimulando a demanda por outros bens. "No entanto, se houver um aumento nos custos de produção, isso pode pressionar os preços de outros produtos relacionados à cadeia de suprimentos", explica.

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