Opinião - Ana Fontes: Não é uma São Silvestre, mas a rotina das mulheres é sempre uma maratona

há 16 horas 1

Quando pensamos na São Silvestre, automaticamente imaginamos corredores dedicados, superando desafios e chegando ao fim com a sensação de vitória. Mas, para muitas mulheres brasileiras, a verdadeira maratona não acontece em 31 de dezembro. Ela é cotidiana, sem medalhas, sem aplausos, mas igualmente exaustiva e cheia de superações.

As estatísticas não mentem. O IBGE aponta que as mulheres dedicam, em média, mais de 21 horas semanais aos afazeres domésticos, quase o dobro do tempo dedicado pelos homens. Quando se fala em mães solo, o percurso é ainda mais desafiador: 30% dessas mulheres são chefes de família e precisam equilibrar as contas, criar os filhos e manter a esperança viva, muitas vezes sem rede de apoio.

Essa corrida não é apenas de resistência; é de superação de barreiras estruturais. A falta de acesso a creches, a desigualdade salarial e a violência doméstica são "obstáculos" que dificultam ainda mais a trajetória feminina. Enquanto isso, mulheres empreendedoras enfrentam o desafio de conciliar negócios e vida pessoal em um país onde o acesso ao crédito é limitado e o preconceito ainda é uma barreira real.

Na Rede Mulher Empreendedora, temos o privilégio de acompanhar histórias inspiradoras de mulheres que, mesmo enfrentando um percurso cheio de adversidades, conseguem transformar suas vidas e a de suas comunidades. Mulheres que criam redes de apoio, desenvolvem soluções criativas e se reinventam constantemente para continuar correndo.

E, assim como em qualquer corrida, precisamos de incentivo e suporte ao longo do trajeto. Políticas públicas que favoreçam a equidade, acesso a recursos financeiros e redes de suporte são combustíveis essenciais para que essas mulheres possam atingir seus objetivos sem se desgastarem até o limite.

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Descansar não significa abdicar de nossos sonhos ou negligenciar nossos objetivos. Ao contrário, é a chance de recarregar as energias e reavaliar caminhos. Pode significar um final de semana sem olhar o celular, uma tarde dedicada a assistir a séries com a família ou até mesmo a simples decisão de dormir um pouco mais.

Mas, para que essa meta se concretize, é importante criar um plano de ação. Assim como nos comprometemos com metas de faturamento ou de crescimento pessoal, precisamos nos comprometer a respeitar os momentos de pausa. Estabeleça limites claros entre trabalho e vida pessoal e não tenha medo de dizer "não" quando o excesso ameaçar sua saúde.

Que 2025 seja o ano em que incluamos o descanso em nossas agendas com a mesma seriedade com que tratamos nossos compromissos mais importantes. Ao fazê-lo, estaremos não apenas cuidando de nós mesmas, mas também inspirando outras mulheres a fazerem o mesmo. Afinal, não se trata apenas de chegar ao fim, mas de valorizar cada passo dessa corrida. E, quem sabe, com mais apoio e visibilidade, a maratona das mulheres possa, um dia, se transformar em uma caminhada cheia de alegria, reconhecimento e realizações.

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