Endividamento cai pela primeira vez desde fevereiro de 2024

há 4 meses 35

Dados da pesquisa da CN apontaram para uma melhora nas finanças familiares nos próximos meses com a queda da taxa de inadimplência

Drazen Zigic/Freepik

Pessoa faz contas na calculadora

Projeções indicam que o endividamento deve continuar caindo nos próximos meses, mas pode voltar a subir na reta final de 2024

O endividamento dos brasileiros caiu em julho pela primeira vez desde fevereiro, conforme pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor revelou que a quantidade de famílias com dívidas em julho foi de 78,5%, uma redução de 0,3 pontos percentuais em relação a junho. O economista Felipe Tavares destacou que essa é a primeira queda no endividamento das famílias brasileiras em 2024. A pesquisa apontou que a redução do endividamento foi influenciada principalmente pelas mulheres, enquanto os homens mantiveram suas dívidas estáveis. O cartão de crédito continua sendo o principal responsável pelas dívidas, utilizado por quase 90% dos devedores. O mercado de crédito aquecido, com juros mais acessíveis, também contribuiu para o aumento de 1,4% no financiamento imobiliário neste ano. Além disso, houve uma leve redução na inadimplência e na quantidade de famílias sem recursos para pagar suas dívidas, indicando uma melhora na saúde financeira dos brasileiros.

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Por outro lado, a pesquisa registrou um aumento na população com dívidas atrasadas há mais de três meses. A análise dos dados revelou que a camada mais pobre da sociedade está menos endividada, mas mais inadimplente, com menor capacidade de pagar suas faturas. Segundo o economista, houve um aumento nos percentuais de famílias que ganham menos de zero a três e de três a cinco salários mínimos, o que pode indicar uma possível piora na atividade econômica ou deterioração do quadro de mercado de trabalho para esses grupos. As projeções indicam que o endividamento deve continuar caindo nos próximos meses, mas pode voltar a subir na reta final de 2024.

Publicado por Luisa Cardoso

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