EDP vai fornecer energia solar para rodovias Anhanguera e Bandeirantes até 2034

há 1 semana 2

O Grupo CCR e a companhia elétrica EDP anunciaram nesta sexta-feira (20) a assinatura de um contrato de dez anos para o fornecimento de energia solar para o Sistema Anhanguera-Bandeirantes (SP), um dos principais eixos viários do Brasil administrado pela CCR AutoBAn.

O contrato prevê o fornecimento anual de 1.460 MWh para 58 unidades de consumo em baixa tensão no estado de São Paulo, incluindo pedágios e pontos de apoio nas rodovias. A energia virá de usinas fotovoltaicas instaladas nos municípios de Iperó, Pirangi e Leme, no interior paulista, no modelo de geração distribuída compartilhada.

As empresas não divulgaram o valor do contrato.

Com o acordo, o Grupo CCR estima poder evitar a emissão de 56,19 toneladas de dióxido de carbono (tCO2eq) por ano e atingir uma economia anual de cerca de R$ 160 mil. Segundo os cálculos da empresa, a energia renovável contratada representa 3% da demanda da CCR Rodovias.

O grupo de infraestrutura afirma que até o final de 2024 vai abastecer 100% de seus ativos de mobilidade urbana, rodovias e aeroportos com energia de fontes renováveis —um ano antes do prazo anunciado ao mercado.

Já a EDP anunciou recentemente a aquisição de 16 novas usinas de geração solar distribuída, por R$ 218 milhões, com capacidade instalada de 44,3 MWp. O contrato foi fechado com o Grupo Tangipar e inclui empreendimentos nos estados da Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

As novas usinas se juntam ao portfólio atual da empresa, que tem hoje 90 usinas solares de geração distribuída no Brasil, com capacidade instalada de 258 MWp. Desse total, 76 usinas (209 MWp) estão em operação, e 14 usinas (49 MWp) estão em construção ou aguardando energização.

Folha Mercado

Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes.

A geração solar distribuída permite a produção de energia renovável próxima ao ponto de consumo e pode ser dedicada a um único cliente ou compartilhada entre vários, desde que localizados na mesma área de concessão. A energia gerada é injetada na rede elétrica e convertida em créditos que são compensados na fatura de energia do cliente.

O vice-presidente de Soluções para Clientes da EDP na América do Sul, Carlos Andrade, disse que os contratos para fornecimento de energia, junto aos investimentos em geração renovável, são fundamentais para viabilizar a transição energética, pois permitem entregar o serviço a cada vez mais clientes e setores.

Para Pedro Sutter, vice-presidente de Sustentabilidade, Riscos e Compliance do Grupo CCR, ampliar a participação de fontes renováveis é "pilar central" na estratégia da empresa para reduzir a pegada de carbono das operações de um dos 50 maiores consumidores de energia do país.

Leia o artigo completo