"Para a gente é péssimo. Toda vez que o imposto sobe, os postos vendem menos. O ICMS da gasolina vai passar de R$ 1,37 para R$ 1,47, o que vai encarecer o custo de operação de todos os postos e impactar diretamente o preço final", afirmou Ramos.
"Com o aumento no custo do diesel, o transporte rodoviário também fica mais caro, o que acaba gerando um efeito cascata em todos os preços de produtos. Por exemplo: o preço do feijão, arroz, macarrão, tudo sobe", explica o presidente da entidade.
Alfredo Ramos ainda deixou claro que, embora o setor enfrente desafios, o mercado de combustíveis no Brasil é livre e dinâmico, mas que os aumentos de impostos e a volatilidade dos preços internacionais criam uma pressão adicional sobre todos os envolvidos na cadeia de distribuição. Com isso, não há como precisar qual será o aumento real dos combustíveis ao consumidor final.
Já o presidente Executivo da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sério Araujo, estima que o aumento na bomba de combustível seja semelhante à majoração do tributo estadual.
Resolvemos procurar a Secretaria da Fazenda de Pernambuco para falar do tema. A Sefaz informou, por meio de nota, que a atualização das alíquotas para combustíveis está prevista nos Convênios ICMS 125/2024 e 126/2024.
"Ao utilizar os preços médios mensais divulgados pela ANP como base para os ajustes, reforça-se a transparência e a previsibilidade do regime tributário e será aplicado em todo o Brasil", diz a Sefaz-PE.