Caso de microcefalia é associado a febre oropouche, diz Ministério da Saúde

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Um bebê nascido no Acre foi diagnosticado com anomalias congênitas, como microcefalia, associadas à transmissão vertical da febre do oropouche, segundo o Ministério da Saúde, nesta quinta-feira (8). A criança morreu após 47 dias do nascimento.

A mãe, de 33 anos, apresentou sintomas da doença, como erupções na pele e febre, ainda no segundo mês de gravidez. Mais tarde, no pós-parto, o resultado de um exame deu positivo para oropouche.

Os exames de diagnóstico foram realizados no Instituto Evandro Chagas, em Belém (PA). Na criança, foi apontada a existência de material genético do vírus em diferentes tecidos.

Além da microcefalia, o bebê também nasceu com malformação nas articulações e outras anomalias —semelhantes aos casos envolvendo o zika vírus de 2015 a 2018.

O Ministério da Saúde informou que a pasta e a Secretaria do Estado de Saúde do Acre acompanham o caso e que foram descartadas outras hipóteses de diagnóstico e a correlação direta da contaminação vertical de oropouche com as anomalias ainda precisa de uma investigação mais aprofundada.

De acordo com a pasta, uma nota técnica será enviada aos estados e municípios brasileiros para orientação da análise laboratorial, vigilância e a assistência sobre as condutas recomendadas para gestantes e recém-nascidos com sintomas da doença.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico de casos de oropouche no Brasil aumentou após o envio de testes para todo o país. Antes os exames ficavam restritos à região amazônica.

Até o momento, neste ano foram registrados 7.497 casos da doença em 23 estados brasileiros —Amazônia e Rondônia possuem a maior parte dos casos. Um óbito é investigado em Santa Catarina e outros dois foram confirmados na Bahia.

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