Carrões que viram armas: o que explica a enxurrada de acidentes fatais

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29.jul.2024 - Motorista de um Porsche atropelou e matou um motociclista na Avenida Interlagos, na zona sul da cidade de São Paulo (SP)
29.jul.2024 - Motorista de um Porsche atropelou e matou um motociclista na Avenida Interlagos, na zona sul da cidade de São Paulo (SP) Imagem: ALEXANDRE SERPA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Não é culpa do carro

Os veículos envolvidos nesses acidentes possuem motores de alta potência que, quando combinados com alta velocidade, tornam as colisões ainda mais devastadoras. O BMW 428 I Cabrio, com seus 245 cavalos de potência, e o Porsche 911 Carrera GTS, com 480 cv, são exemplos de veículos que oferecem uma performance excepcional, mas que também exigem um nível de responsabilidade correspondente por parte dos condutores.

Tanto a BMW quanto a Porsche oferecem cursos de pilotagem, track days e outras oportunidades para que os proprietários desses veículos usufruam de toda a performance em ambientes controlados e seguros, dentro de autódromos, no entanto, proprietários irresponsáveis preferem testar suas habilidades na rua, colocando vidas em risco.

O uso de álcool, disputas de trânsito (rachas) e comportamentos intencionalmente perigosos são fatores recorrentes nesses acidentes. A motorista do Audi em Osasco, por exemplo, perdeu o controle do veículo após ingerir álcool, resultando em uma colisão em alta velocidade com cinco carros parados. Em todos esses casos, qualquer tentativa de reação por parte das vítimas era quase impossível.

A realidade é que a sociedade está colhendo o fruto de anos de irresponsabilidade e manobras ilegais publicadas e aplaudidas impunemente nas redes sociais por influenciadores que ganharam milhões. O aumento da frota de carros de luxo veio junto com a cultura dos rachas e da ostentação sem limites, quando a morte de alguém é apenas um efeito colateral de uma noite de curtição que deu errado.

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