Eles aprenderam a administrar o negócio. Badauí diz que, no começo, eles "apanharam um pouco" na gestão do negócio. "Fogaça ficava mais focado na cozinha, e eu em shows, mas em poucos meses montamos uma equipe competente para dar suporte na gestão do negócio", afirmou. O Kichi era o sócio responsável pela decoração da casa e ficava mais presente na operação do dia a dia, por conta da agenda apertada dos outros dois.
Badauí diz que todo pequeno negócio passa por uma série de aprendizados no início. "Um exemplo foi o almoço que insistimos em fazer durante anos, mas nunca tivemos os resultados esperados", afirmou. Hoje, apenas algumas unidades do Cão Véio abrem no horário do almoço e em alguns dias.
Só tenho cara de péssimo aluno, mas tenho base de conhecimento, de empreendedorismo. Aprendi muita coisa, porque eu não era do ramo de bares. Sou [de uma família] libanês, sempre trabalhei com a premissa de saber quanto entra e quanto sai. Tive que entender de insumos, de compras, de gastos operacionais, para ter controle financeiro.
Fernando Badauí, vocalista da banda CPM22 e sócio do Cão Véio
A empresa tem hoje duas operações distintas: loja matriz e franqueadora. Na matriz, Fogaça e Badauí se dividem nas responsabilidades, tendo uma equipe capacitada que "toca" o negócio. Na franqueadora, Fogaça cuida do cardápio e decoração, juntamente com Badauí, que também participa das ações de marketing. E na franqueadora, os dois têm outro sócio, Marcel Akira, que lidera a equipe de treinamento e expansão da rede e presta suporte para todas as lojas.
Franquia custa a partir de R$ 600 mil
A empresa começou a franquear a marca em 2016. Entre julho de 2017 e novembro de 2018, abriram cinco franquias. "Depois, seguramos por conta da estrutura que necessitava crescer um pouco e, na sequência, veio a pandemia. Agora, retomamos o processo de expansão", diz Akira. Em 2023, a marca retomou a expansão de franquias, em parceria com a consultoria Avant Franquias.