Calculadora mostra valor da segunda parcela do 13º

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Trabalhadores com carteira assinada e servidores públicos recebem a segunda parcela do 13º salário nesta sexta-feira (2). O abono de Natal deve injetar na economia R$ 125,6 bilhões somente nesta segunda cota, segundo levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo).

O valor é 4,8% maior do que o que foi pago no mesmo período do ano passado, já considerando a inflação, quando os beneficiários receberam R$ 119,8 bilhões.

A segunda parcela é menor do que a primeira —que corresponde à metade do salário—, pois há nela os descontos previstos em lei, como INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e IR (Imposto de Renda). Os impostos incidem sobre o total do 13º.

A Folha desenvolveu uma calculadora que mostra o valor aproximado a ser pago para trabalhadores com carteira assinada e servidores.

O total que o profissional vai receber, no entanto, pode variar caso tenha horas extras, receba algum tipo de adicional ou tenha algum outro desconto no seu holerite que diminua mais o que será pago pelo empregador.

Há ainda uma outra dedução na base de cálculo do IR, destinada a quem tem dependentes, o que pode diminuir o imposto a pagar no mês. Esses pormenores não foram considerados no sistema desenvolvido.

Para usar a calculadora, o leitor deve informar o valor do seu último salário, sem pontos nem vírgulas, mas com todas as casas decimais, incluindo os centavos. Depois, é preciso dizer se é funcionário ou não e a quantidade de meses trabalhados em 2024.

Têm direito ao benefício trabalhadores contratados pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), incluindo empregados domésticos, funcionários públicos de estados, municípios, do Distrito Federal e dos Poderes da União, e aposentados e pensionistas do INSS e de regimes próprios.

O valor do 13º é proporcional ao tempo de trabalho: o funcionário recebe um 12 avos (1/12) do salário para cada mês em que tenha trabalhado por pelo menos 15 dias. Adicionais como horas extras, insalubridade e comissões também entram no cálculo.

Faltas injustificadas e afastamentos prolongados podem impactar o valor final do benefício garantido pela Constituição Federal.

Os aposentados do INSS já receberam o abono de Natal em duas parcelas em maio e junho. Quem se aposentou depois de junho teve direito ao 13º da Previdência de forma proporcional, em novembro.

Por lei, a primeira parcela do 13º é paga entre fevereiro e 30 de novembro. Há empresas e órgãos públicos que optam por fazer o depósito da primeira cota no mês de aniversário do trabalhador ou nas férias, a pedido. No setor público, há ainda quem pague metade do valor no mês de julho.

O empregador que opta por pagar o 13º de uma só vez deve ter feito o depósito da quantia até 30 de novembro, mas não há um regra específica sobre a data.

Em geral, as empresas pagam o benefício no prazo legal, ou seja, a primeira parcela em 30 de novembro e a segunda em 20 de dezembro, caso o trabalhador não tenha optado pelo adiantamento nas férias.

Há empresas que adiantaram o depósito da primeira parcela para o dia 29 de novembro, por ser uma sexta-feira e se tratar de dia útil, mas essa regra não é obrigatória e varia conforme a jornada de trabalho.

Comércio aposta nos valores extras para vender mais

Segundo levantamento da CNC, a prioridade dos brasileiros com o 13º deve ser fazer compras de fim de ano, que devem destinar R$ 44,1 bilhões a isso, o que representa 35% do total.

A quitação e o abatimento das dívidas aparecem logo em seguida na lista de intenção de gastos dos trabalhadores, que destinarão R$ 42,5 bilhões (34%) para isso.

"Este comportamento se deve ao aumento do nível de ocupação no mercado de trabalho e à ligeira queda do grau de comprometimento da renda média da população ao longo dos últimos 12 meses", afirma José Roberto Tadros, presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac.

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