Cabo de guerra entre EUA e China eleva tensão comercial no mundo

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O que aconteceu

Governo Trump criou dois tipos de sobretaxas. A política tarifária contra o mundo é dividida em tarifas abrangentes e tarifas recíprocas. As taxas abrangentes começaram a ser cobradas no sábado e foram fixadas em 10%, incluindo Brasil, Argentina, Nova Zelândia e outros países. As tarifas recíprocas, que entraram em vigor hoje, são aquelas "de igual para igual" aos países que cobram mais de 20% de impostos dos EUA. Apesar do nome e do conceito, em nem todos os casos a taxação é igual. Na tabela mostrada por Donald Trump, Vietnã vai ser taxado em 46%, enquanto cobraria 90%, segundo o governo.

China teve tarifa recíproca aumentada após retaliação. Originalmente, Trump havia determinado um total de 54% de taxas (20% em vigor desde fevereiro, mais 10% que começaram a valer no sábado e outros 24% previstos para hoje). Porém, como a China determinou uma retaliação de 34% aos produtos americanos, Trump "dobrou a aposta" e anunciou mais 50%, totalizando até 104% de taxas. Hoje a China também aumentou a carga, anunciando mais 84% a produtos americanos.

EUA argumentam que medida contra chineses é para combater o "dumping". Prática de vender produtos no mercado internacional a preços abaixo do custo de produção ou do preço normal no país de origem se concentra em produtos como aço, alumínio e itens tecnológicos. Trump justifica as ações afirmando que a China usa práticas desleais, como subsídios governamentais e roubo de propriedade intelectual. Para o presidente, a sobretaxa é uma forma de proteger a indústria americana e reduzir a dependência de produtos chineses.

Escalada de tarifas é parte de uma negociação estratégica. Guilherme Rosenthal, especialista em comércio exterior e Co-fundador da Vixtra, fintech especializada em soluções para importações, avalia que Trump, conhecido pelo estilo agressivo, procura pressionar a China. "O impacto no curto prazo é negativo para o Brasil e o mundo", afirma Rosenthal. As tarifas aumentam a incerteza econômica global, afetam as bolsas de valores e causam uma alta no dólar.

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