Estado de São Paulo concentra a maior parte dos casos, seguido por Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina; organizações de saúde também estão preocupadas com o avanço da febre oropouche
LUCAS LACAZ RUIZ/ESTADÃO CONTEÚDO
Agente da Prefeitura de São José dos Campos (SP) aplica inseticida de baixa toxicidade para eliminar o mosquito transmissor da dengue
O Brasil está se aproximando da marca de 5.000 mortes por dengue neste ano. Até o dia 5 de agosto, o Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde registrou 4.961 mortes e mais de 6.400.000 casos prováveis de dengue. Esses números representam aproximadamente 3.000 casos para cada 100 mil habitantes. A faixa etária mais afetada é entre 20 e 29 anos, seguida pelas faixas de 30 a 39 anos, 40 a 49 anos e 50 a 59 anos. O Estado de São Paulo concentra a maior parte dos casos, com mais de 2 milhões de registros, seguido por Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Além da dengue, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu um alerta sobre o risco de crescimento da febre oropouche. A entidade, que é um braço da OMS (Organização Mundial da Saúde) nas Américas, destacou mudanças preocupantes nas características da doença, como a possibilidade de transmissão da mãe para o bebê durante o parto ou gestação.
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O alerta foi emitido após a confirmação de duas mortes no interior de São Paulo. As autoridades estão investigando casos de bebês que nasceram com anencefalia e microcefalia, possivelmente devido à doença. Até o momento, a Organização Mundial da Saúde confirmou mais de 8.000 casos de febre de oropouche em pelo menos cinco países das Américas: Brasil, Bolívia, Cuba, Colômbia e Peru. As autoridades de saúde continuam monitorando a situação e investigando novos casos para conter a disseminação dessas doenças.
*Com informações do repórter Anthony Wells