Um astronauta da Nasa compartilhou no X (antigo Twitter), na última segunda (12), um vídeo que mostra a aurora na Terra, mas de um ponto diferente: vista do espaço. Matthew Dominick fez as imagens a partir da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que está a cerca de 400 km do nosso planeta.
A publicação do vídeo ocorreu no mesmo dia em que uma tempestade solar atingiu a Terra. Segundo a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o evento foi considerado severo —o quarto nível em uma escala de 1 a 5.
Quando severa, a tempestade pode afetar as redes de energia na Terra, prejudicar a operação de aeronaves e o funcionamento de equipamentos de navegação por satélite.
Acima do nível severo está o extremo, cujas repercussões foram observadas no planeta em maio deste ano. À época, a tempestade acarretou auroras boreais e austrais em pontos onde o evento é raramente apreciado, a exemplo de Argentina, Chile e México.
As chances de acompanhar as auroras têm sido maiores porque estamos em tempos de maior atividade solar, o que ocorre a cada 11 anos, quando a estrela alterna seu ciclo. Cientistas estimam que esse período de transição se estenderá até outubro deste ano.
Durante o máximo solar, a estrela joga diariamente no espaço bilhões de toneladas de partículas carregadas que interferem no campo magnético terrestre. Como resultado, surgem as auroras.
Na história, a maior tempestade solar registrada é o evento de Carrington, de 1859. No 1º de setembro daquele ano, o astrônomo inglês Richard Carrington estudava manchas solares quando observou uma imensa explosão luminosa no Sol. Dezessete horas depois, auroras transformaram a noite em dia em toda a América do Norte, chegando até a Colômbia. Também foram vistas em Montevidéu, Uruguai.
O episódio causou interrupções generalizadas nos sistemas de telégrafo de todo o mundo, o meio de comunicação mais moderno na época, e as correntes induzidas da tempestade até incendiaram alguns terminais, segundo publicações.