Arqueólogos descobriram perto da cidade de Abidos uma grande câmara funerária de calcário de um antigo faraó ainda não identificado. Estima-se que ela tenha aproximadamente 3.600 anos.
A descoberta da tumba a sete metros de profundidade na antiga necrópole da Montanha de Anúbis foi anunciada nesta quinta-feira (27) pelo Museu da Universidade da Pensilvânia (Estados Unidos) e por arqueólogos egípcios.
Essa é a segunda descoberta anunciada neste ano de uma tumba de um antigo rei egípcio.
A câmara funerária encontrada em janeiro em Abidos, uma importante cidade do antigo Egito, fica a cerca de 10 quilômetros do rio Nilo. Ela estava vazia —aparentemente foi saqueada há muito tempo por ladrões de túmulos.
O nome do rei enterrado ali foi originalmente registrado em textos hieroglíficos em tijolos rebocados na entrada da câmara, ao lado de cenas pintadas que mostram as deusas irmãs Ísis e Néftis.
"Seu nome estava nas inscrições, mas não sobreviveu às depredações dos antigos ladrões de túmulos. Alguns candidatos incluem reis chamados Senaiib e Paentjeni que conhecemos dos monumentos em Abidos —eles governaram nessa época—mas cujas tumbas não foram encontradas", disse nesta quinta-feira o professor de arqueologia egípcia Josef Wegner, da Universidade da Pensilvânia, um dos líderes do trabalho de escavação.
Além da entrada decorada, a câmara funerária apresentava uma série de outras salas cobertas por abóbadas de cinco metros de altura feitas de tijolos de barro.
A tumba data de uma época conhecida como o Segundo Período Intermediário, que durou de 1640 a.C. a 1540 a.C. e que fez a ponte entre as eras do Reino Médio e do Novo Reino, quando os faraós egípcios estavam entre as figuras mais poderosas da região.