6x1, 5x2, 4x3: conheça os tipos de escala de trabalho e seus prós e contras

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A legislação trabalhista brasileira permite diversas escalas, desde que respeitados certos limites. Segundo Mendonça, a CLT garante ao trabalhador um descanso semanal remunerado e pelo menos um domingo de folga a cada sete semanas. "Além disso, horas extras e adicional noturno são assegurados em qualquer escala".

Alguns modelos, como o 18x36 (trabalha-se 18 horas para folgar 36), precisam de acordo sindical, pois não são diretamente regulamentados pela CLT. Esses acordos visam assegurar os direitos dos empregados, especialmente em setores que demandam trabalho contínuo. Empresas que adotam essas escalas devem negociar com os sindicatos.

A escala 6x1, com uma folga semanal, comum no varejo e alimentação, tem prós e contras. O advogado aponta que essa escala facilita a operação e aumenta a produtividade das empresas. Porém, ele destaca que a limitação de folgas compromete o equilíbrio entre vida pessoal e profissional dos trabalhadores.

A falta de rotina nas folgas afeta o convívio familiar e o bem-estar psicológico dos empregados. Mendonça ressalta que a ausência de dias fixos de descanso causa estresse e insatisfação. Para ela, a organização dos dias de folga é essencial para a saúde dos trabalhadores.

A escala 4x3, que proporciona três dias consecutivos de descanso, visa melhorar o bem-estar. No entanto, exige negociação com sindicatos e ajustes operacionais. "Como a 4x3 não está amplamente prevista na CLT, precisa de uma negociação coletiva que respeite os direitos dos trabalhadores", explica Valença.

Sindicatos têm papel central nas adaptações de escalas de trabalho. Para Valença e Mendonça, as negociações coletivas permitem ajustes conforme as demandas de cada setor, assegurando condições de trabalho adequadas. Essas negociações estabelecem normas para horas extras e compensações justas.

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