A Xiaomi lançou o carro, que segue o estilo da Porsche, em março, entrando em um concorrido mercado chinês de veículos elétricos com um preço que chama a atenção - menos de 30 mil dólares para o modelo básico, 4 mil dólares mais barato do que o Model 3 da Tesla na China.
As vendas de veículos elétricos e híbridos plug-in na China cresceram e representam mais da metade das vendas totais do maior mercado do mundo. Em outubro, elas cresceram 56,7% em relação ao ano anterior, marcando o quarto mês consecutivo em que os automóveis movidos a bateria, incluindo os plug-ins, superaram os carros a gasolina no país.
Para acompanhar a demanda, a Xiaomi dobrou os turnos de produção desde junho e lançou o modelo premium SU7 Ultra com preço superior a 110 mil dólares.
O presidente da Xiaomi, Lu Weibing, disse que a fábrica da companhia tem capacidade para fabricar 20 mil carros por mês e que ele ainda vê espaço para que isso cresça.
"Nosso investimento ainda é muito substancial e continuamos a aprimorar nosso hardware e software. E, basicamente, não importa qual seja o nível de entrega final, ainda estamos investindo muito. Estamos trabalhando em P&D (pesquisa e desenvolvimento) para novos modelos", disse ele. Uma das áreas em que a Xiaomi trabalha é o desenvolvimento de tecnologia de direção autônoma, acrescentou.
PREJUÍZO
A receita da Xiomi foi de 92,5 bilhões de iuans (12,77 bilhões de dólares) para o trimestre encerrado em 30 de setembro, superando uma estimativa de consenso compilada pela Lseg de 91,1 bilhões de iuans.
A Huatai Securities previu que a Xiaomi entregará 400 mil carros elétricos em 2025, quando o negócio deverá representar cerca de 20% da receita, em comparação com 8% neste ano.
Porém, a montadora da Xiomi ainda está operando com prejuízo. A unidade relatou um prejuízo ajustado de 1,5 bilhão de iuans no trimestre, com uma margem de lucro bruto de 17,1%.
Durante o trimestre, a Xiaomi manteve sua posição como a terceira maior fabricante de smartphones do mundo, com vendas de 42,8 milhões de aparelhos, um aumento de 3% e capturando 14% do mercado, de acordo com a empresa de pesquisa Canalys.
A Xiaomi informou que o lucro líquido ajustado aumentou 4,4%, para 6,25 bilhões de iuans, contra uma estimativa de consenso de 5,92 bilhões.