Volta ao passado? Por que marcas estão trocando telas por botões no carros

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A Hyundai, por exemplo, decidiu manter botões físicos em seus painéis após um estudo revelar que muitos motoristas preferem a praticidade e a acessibilidade dos controles tradicionais. A pesquisa, realizada pela montadora nos Estados Unidos, destacou que os motoristas se frustram com a falta de feedback tátil das telas sensíveis ao toque, especialmente ao ajustar funções cotidianas como a temperatura do ar-condicionado.

A Volkswagen também anunciou que voltará a usar botões físicos em seus veículos após receber uma enxurrada de reclamações dos clientes. A decisão de substituir os botões por superfícies sensíveis ao toque gerou insatisfação, principalmente em funções de entretenimento e nos controles no volante. A montadora promete integrar botões físicos nas próximas gerações de seus veículos, buscando um equilíbrio entre tecnologia digital e funcionalidade prática.

Outras marcas japonesas já adotaram essa abordagem. A nova geração do Honda Fit no Japão, por exemplo, substituiu os controles de toque do sistema de ar-condicionado por botões convencionais. Essa mudança visa proporcionar uma experiência de uso mais intuitiva e segura para os motoristas. Já a Toyota nunca esqueceu e sempre manteve alguns comandos em botão, principalmente no Corolla.

Entre as alemãs, embora a BMW tenha sido uma pioneira em interfaces digitais, a marca também tem reconhecido a importância dos botões físicos e os inclui em seus modelos mais recentes, como forma de complementar as telas touchscreen. Outras marcas como Audi e Mercedes-Benz também têm explorado a combinação de botões físicos e telas touchscreen em seus veículos.

Apesar do design minimalista do seu modelo premium mais barato do mercado, a sueca Volvo recebeu críticas por concentrar quase todas as funções do EX30 acessíveis apenas na central multimidia. E estuda qual caminho seguir para os próximos lançamentos.

Especialistas apontam que a reintrodução dos botões físicos não significa um retrocesso tecnológico, mas sim uma adaptação às necessidades dos usuários. Em entrevista ao Carscoops, a pesquisadora Rachel Plotnick explicou que, embora as telas touchscreen ofereçam uma aparência moderna e limpa, elas podem ser menos práticas em situações de condução, onde o feedback tátil é essencial. Ela afirma que a "fome das pessoas por botões físicos" se deve ao seu "tato e feedback".

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