Contudo, uma nova tecnologia permite que as baterias do veículo estejam plenamente carregadas em cerca de cem segundos.
A gigante chinesa de baterias CATL (Contemporary Amperex Technology Ltd) desenvolveu a solução, baseada na troca das baterias descarregadas por outras com carga total.
Essa abordagem já existia - chamado de Evogo, o serviço foi lançado originalmente na China em 2022. Contudo, agora a empresa apresentou tamanhos padronizados de baterias e das respectivas estações de troca, permitindo a aplicação do ecossistema em maior escala e facilitando a adesão pelas montadoras de carros elétricos.
Durante a conferência Choco-Swap, realizada em Xiamen, a CATL apresentou dois modelos de baterias, chamados de #20 e #25, com versões baseadas em duas tecnologias de retenção de carga: LFP (fosfato de ferro-lítio) e NMC (óxido de cobalto, manganês, níquel e lítio).
A versão #20 LFP traz capacidade de 42 kWh e autonomia de aproximadamente 400 km, dependendo do modelo de veículo, enquanto a variante #20 NMC oferece 52 kWh e alcance de até 500 km.
Por sua vez, a versão #25 LFP conta com 56 kWh e autonomia de 500 km, ao passo que a opção #25 NMC tem capacidade de 70 kWh e alcance de 600 km.
Elas são compatíveis com veículos de diferentes tamanhos e carrocerias - a CATL afirma ter participado do desenvolvimento de dez novos automóveis elétricos com o sistema de baterias removíveis.
A CATL planeja construir, considerando apenas o território chinês, mil estações de troca de baterias até 2025 e expandir essa rede para 30 mil estações até 2030. A assinatura do serviço no país asiático custa 369 yuans por mês (aproximadamente R$ 315 na conversão direta).
"Essa tecnologia traz hoje uma grande vantagem: o tempo de abastecimento similar ao dos veículos a combustão. Nas cidades, para o consumidor, a maior parte dos abastecimentos será feita em residências. Já nas estradas o swap (recarga instantânea) é hoje uma enorme vantagem em viagens longas", avalia Carlos Roma, diretor técnico da ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos).
A troca de baterias também é vista como uma solução mais adequada para frotas comerciais, onde a propriedade do produto não é tão importante.
Na avaliação de Roma, as ?swap stations? podem fazer sentido hoje para alguns países e mercados, mas aposta que em um futuro não muito distante não serão mais necessárias, graças ao rápido desenvolvimento de baterias de alta densidade energética e de sistemas ultrarrápidos de recarga.
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